60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

PÓLIPO ESTROMAL FIBROEPITELIAL GIGANTE: RELATO DE CASO

CONTEXTO

Pólipos cervicais com tamanho menor do que dois centímetros são uma patologia comum na mulher adulta, ocorrendo com maior frequência em multíparas na quinta década de vida.
Em contrapartida, os pólipos gigantes são extremamente incomuns e, devido a sua apresentação clínica, podem ser confundidos com patologias malignas.
O objetivo deste trabalho é apresentar um caso raro de pólipo fibroepitelial estromal gigante, suas repercussões clínicas, métodos diagnósticos e tratamento.

DESCRIÇÃO DO(S) CASO(S) ou da SÉRIE DE CASOS

Paciente do sexo feminino, 43 anos, com lesão exteriorizada através do introito vaginal há 2 meses, associada a sangramento em pequena quantidade. À inspeção ginecológica, lesão pediculada estendendo-se através do introito vaginal com leve ulceração associada e, ao exame especular, base larga pediculada com origem em parede vaginal anterior e colo uterino.
Antecedentes ginecológicos de três partos vaginais prévios sem intercorrências e ciclo menstrual regular sem uso de métodos hormonais contraceptivos.
De início, realizado teste com azul de metileno e cistografia, sendo descartadas lesão vesical ou fístula vesico-vaginal e programado procedimento cirúrgico para exérese da lesão.
Em intraoperatório, realizada dissecção de parede anterior da mucosa vaginal até isolamento do pedículo e ligadura pedicular com exérese completa da lesão.
O estudo anátomo-patológico confirmou lesão com superfície recoberta por mucosa e área ulcerada com sua maior dimensão de sete centímetros e conclusão diagnóstica de pólipo estromal fibroepitelial sem sinais histológicos de malignidade.

COMENTÁRIOS

Pólipos cervicais são benignos e dificilmente excedem cinco centímetros de tamanho.
O presente relato mostra um caso extremamente raro de pólipo estromal fibroepitelial de aproximadamente sete centímetros em sua maior medida. Até julho de 2021, somente vinte e um casos de pólipos gigantes haviam sido reportados na literatura.
A dificuldade dessa patologia está em sua definição clínica, que de início, pode ser mal interpretada como uma afecção maligna.
Por isso, os pólipos gigantes devem ser retirados cirurgicamente para diagnóstico definitivo e como tratamento, sendo sua excisão a mais completa possível a fim de evitar recidivas.

Área

GINECOLOGIA - Patologia do Trato Genital Inferior

Autores

Raissa Mendes Pinto Gonçalves, Thomaz Toshiyuki Kitamura, Talita Giuzio, Márcia Pereira Bueno, Veridiana Monteiro Ramos Piva, Douglas Bernal Tiago