60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

INCIDÊNCIA DA VIOLÊNCIA SEXUAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO AMAZONAS

OBJETIVO

Descrever a incidência de casos de violência sexual em crianças e adolescentes no estado do Amazonas no período de 2017 a 2022..

MÉTODOS

Estudo retrospectivo, observacional e descritivo, de caráter quantitativo a partir de informações de dados secundários, coletadas no banco de dados , da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS\ AM), para os termos violência sexual em crianças e adolescentes, no período de 2017 a 2022. As variáveis pesquisadas incluem: número de casos total no estado no período de estudo, número de casos por ano de estudo e número de casos por faixa etária. Os números encontrados foram inseridos no programa Excell, para elaboração de gráficos e tabelas, permitindo uma melhor interpretação e visualização dos resultados. Não foi necessário submissão e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), por se tratar de estudo de com informações de acesso público, em conformidade com a resolução 510\2016 e nos termos da Lei 12.527\2011.

RESULTADOS

O número total de casos no estado do Amazonas no período de 2017 a 2022 (até maio) foi de 19.404, sendo 11.6016 (59,8%) em crianças e adolescentes ( de 0 a 19 anos). De acordo com o ano de ocorrência, encontramos a seguinte distribuição: 1.438 casos em 2017, 1.508 em 2018, 1.776 em 2019, 1.238 em 2020, 1.429 em 2021 e 574 em 2022 (até maio). De acordo com a faixa etária encontramos: 697 (6%) casos até 1 ano de idade, 1.267 (11%) entre 1 a 4 anos, 1.688 (14,5%) de 5 a 9 anos e 7.963 (68,5%) casos entre 10 a 19 anos. Nota-se, que a faixa etária mais incidente foi de 10 a 19 anos e que o número de casos mantém-se constante ao longo do período, com leves variações.

CONCLUSÕES

A violência sexual contra crianças e adolescentes é um grave problema social e de saúde em todas as nações, acarretando transtornos e sequelas no desenvolvimento e riscos para a saúde física e mental dos envolvidos. Além de expor a infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e gravidez indesejada. Fatores como a baixa idade, falta de conhecimento de seus direitos e dificuldade de expor e verbalizar suas vivências desastrosas, contribuem para a subnotificação de casos e conhecimento da realidade do evento no estado do Amazonas. O ginecologista, deve estar preparado para entender esse contexto e prestar a melhor assistência á vítima de abuso sexual nesse grupo e minimizar os efeitos negativos desse grave e desafiador problema de saúde pública.

Área

GINECOLOGIA - Infância e Adolescência

Autores

PATRÍCIA LEITE BRITO, LUCAS DE CRISTO ROJAS CABRAL, VICTOR SANTANA DE OLIVEIRA, ZURIEL RODRIGUES SEIXAS NUNES, ELANE DA SILVA BARBOSA