60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

AVALIAÇÃO DOS TIPOS DE LACERAÇÃO DE CANAL DE PARTO EM PACIENTES SUBMETIDAS A PARTO VAGINAL NA MATERNIDADE DE CAMPINAS DE ACORDO COM AS VARIÁVEIS MATERNAS E COM O TIPO DE PARTO

OBJETIVO

Correlacionar as lacerações perineais durante o período expulsivo do parto vaginal com as variáveis maternas e decorrentes das características do parto.

MÉTODOS

Estudo de corte transversal de gestantes submetidas a parto vaginal na Maternidade de Campinas em 2020, correlacionando as lacerações de canal de parto graus (G) I, II, III e IV com as variáveis: idade da parturiente, paridade, posição adotada para o parto, equipe que o realizou, necessidade de instrumentalização, realização de episiotomia. Após aprovação pelo CEP (CAAE 43876821300005374), os dados foram coletados das fichas obstétricas da rotina assistencial. Análise estatística: resultados descritos em número absoluto e porcentagem, calculada a média para a idade. Teste Qui-Quadrado correlacionou as variáveis entre si.

RESULTADOS

Foram estudados 1648 partos vaginais. A média de idade foi 27,4 anos, 68,9% das gestações estava entre 37-39+6 semanas e 49,6% das mulheres eram secundi ou tercigestas. Entre os partos vaginais, 99,3% foram normais. As lacerações GI ocorreram em 44%, as GII em 14,6% e as GIII-IV em 0,3% dos casos. As posições adotadas para o parto foram: 522 (31,8%) litotomia, 319 (19,4%) cócoras, 633 (38,6%) semissentada, 77 (4,7%) em pé, 64 (3,8%) lateralizada e 32 (1,9%) ignorada. A equipe Médica realizou 21,3% dos partos e a de Enfermagem, 68,7%. Os partos sem lacerações foram mais prevalentes na faixa etária entre 18-29 anos (56,7%). As lacerações GI também prevaleceram nessa faixa etária (62,3%). Houve menos lacerações em partos realizados pela equipe da enfermagem (64,8%). A posição semissentada teve menor número de lacerações (40%) e em litotomia houve mais lacerações moderadas a graves (36,3%). As lacerações foram majoritariamente ausentes (88,6%) em partos que não foi realizada episiotomia. Em contrapartida, quando houve laceração moderada a grave (G2-G4), proporcionalmente foram menores nas pacientes que realizaram o procedimento (2,8%) em relação as que não realizaram (97,1%).

CONCLUSÕES

Ocorreram menos lacerações em mulheres entre 18-29 anos, que possuíam 1-2 gestações anteriores e nos partos realizados pela enfermagem. A posição semissentada também favoreceu menos lacerações.

Área

OBSTETRÍCIA - Assistência ao trabalho de parto e suas fases clínicas

Autores

Maria Julia Marchiore, Maria Julia Marchiore, Katia Piton Serra, Katia Piton Serra