Dados do Trabalho

TÍTULO

NOVAS PERSPECTIVAS NA TERAPIA DA ENDOMETRIOSE COM ABORDAGENS COMPLEMENTARES, NUTRICIONAIS E INTEGRATIVAS

OBJETIVO

Verificar, diante dos principais trabalhos publicados na última década, quais as evidências apresentadas por terapias alternativas adjuvantes no controle da endometriose.

FONTE DE DADOS

A busca foi realizada no PubMed e Scielo no mês de novembro de 2021. A estratégia de busca iniciou-se com a seleção de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS).

SELEÇÃO DE ESTUDOS

Os critérios de inclusão consistiram em artigos publicados entre 2012 e 2022, disponíveis na íntegra, no idioma inglês, que abordassem a temática proposta. Excluíram-se editoriais, cartas ao editor, estudos de revisão, teses, dissertações, artigos repetidos e que não correspondessem à temática. A partir da estratégia de busca adotada, critérios de inclusão e exclusão predefinidos, foram relacionados 83 artigos para compor a amostra.

COLETA DE DADOS

A estratégia de busca iniciou-se com a seleção de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) pertinentes à pergunta norteadora (“Quais as estratégias funcionais para o manejo da endometriose?”, “Quais as terapias adjuvantes?”). Para a busca no PubMed e na Scielo foram utilizados os Medical Subject Headings (MeSH) e os marcadores booleanos AND e OR para cruzar os descritores da seguinte forma: “Treatment strategies AND Health related quality of life”.

SÍNTESE DE DADOS

Estratégias de automanejo como atividade física, meditação e acupuntura têm trazido benefícios ao controle da endometriose. Dietas ricas em frutas e vegetais, e menor ingesta de carne vermelha e glúten, estão associadas a menor risco de desenvolver a doença.
Dentre os tratamentos adjuvantes, a vitamina D, bem como suplementação com cúrcuma, estão associados a ação anti-inflamatória, antiproliferativa e imunomoduldora, reduzindo dismenorreia, dor pélvica crônica e dispareunia. Além destes, níveis séricos de ômega 3 e seus subprodutos também se relacionam a menor propensão à doença.
A melatonina age reduzindo estradiol nas células endometrióticas, e, assim, a proliferação, migração e invasão celular. Semelhantemente, a epigalocatequina-3-galato (EGCG), ingrediente ativo do chá verde, associa-se positivamente ao impedir o desenvolvimento de implantes graças a sua atividade antiangiogênica e apoptótica. Analogamente, a Uncaria Tomentosa, famosa "unha de gato", é uma erva cujos efeitos anti-inflamatórios também favorecem alívio da dor. Resverastrol e N-Acetilcisteína também se associam à melhoria dos sintomas.

CONCLUSÕES

Foi observado que existem vários tipos de terapias que reduzem o processo inflamatório da endometriose, e que funcionam como estratégias para o manejo da doença.