Dados do Trabalho
TÍTULO
INSERÇÃO DE DISPOSITIVO INTRAUTERINO DE COBRE NO PÓS-PARTO E PÓS-ABORTAMENTO EM MATERNIDADE DA REGIÃO AMAZÔNICA
OBJETIVO
Caracterizar as variaveis associadas a mulheres que optaram por realizar inserção de DIU de cobre no pós-parto imediato e pós-aborto, em uma maternidade de risco habitual da Amazônia.
MÉTODOS
Estudo transversal e retrospectivo, utilizando o banco de dados de uma maternidade de risco habitual da Região Amazônica. O critério de inclusão foram mulheres que internaram para procedimento de esvaziamento uterino, parto vaginal ou cesariana, no período de janeiro a julho de 2022.
RESULTADOS
Foram analisados dados dos meses de janeiro a junho do 2022, totalizando 1702 pacientes , sendo 133 (7,8 %) adolescentes de 14 a 17 anos, e 1569 ( 92,2%) com 18 anos ou mais. Todas as pacientes foram aconselhadas e receberam as informações sobre a disponibilidade do método no momento da admissão na maternidade; no pré-parto, se estavam em fase inicial do trabalho de parto ou no centro cirúrgico, antes de cesárea ou procedimento de esvaziamento uterino. Das 1702 pacientes em estudo 475 (27,9 %) tiveram cesárea, 898 (52,8 %) parto vaginal, e 329 (19,3 %) aborto. Optarem por realizar inserção do Dispositivo Intrauterino de cobre, 441 (25,9 %) mulheres, delas 125 após cesárea, 252 após parto vaginal, e 46 após aborto.
Houve um aumento da adesão ao dispositivo intrauterino nas adolescentes. Mesmo tendo muita restrição por falta de informações das 133 pacientes na faixa etária de 14 a 18 anos, 47 ( 35,3 %) optarem por inserção do Dispositivo Intrauterino de cobre: 14 após cesárea, 29 após parto vaginal, e 4 após aborto. É valido ressaltar que as adolescentes constituem um grupo de risco para intervalos intergestacionais menores, sendo o dispositivo intrauterino de cobre um método contraceptivo seguro e de longa duração, representa uma boa opção para este grupo.
CONCLUSÕES
O estudo evidência que a inserção do Dispositivo Intrauterino de cobre no pós-parto imediato e após abortamento é segura e poderá ser realizada pela equipe médica, mediante consentimento da paciente, com a intenção de evitar uma gravidez não planejada e garantir um intervalo adequado entre as gestações. Principalmente na adolescência, período durante o qual a gravidez pode acarretar complicações obstétricas, com repercussões para a mãe e o recém-nascido, bem como problemas psicossociais e econômicos.
Área
GINECOLOGIA - Contracepção
Autores
YURAMIS MONTIEL ESPINOSA, MARIA DA CONCEIÇÃO RIBEIRO SIMÕES, ATINELLE TELES NOVAIS LEMOS, ANA PAULA BARTH DE SOUZA, GABRIEL RODRIGO RODRIGUES PEREIRA, DOMAR CUNHA DA SILVA, PATRICIA LACERDA PIRES , ALANNY DE OLIVEIRA ARAUJO