60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

Resultados de 15 meses do Setor de Disfunções do Assoalho Pélvico na Gestação, Parto e Puerpério

OBJETIVO

Descrever os resultados iniciais dos primeiros 15 meses de atendimento do Setor de Disfunções do Assoalho Pélvico na Gestação, Parto e Puerpério (GPAP).

MÉTODOS

O GPAP foi criado pela equipe multidisciplinar de Uroginecologia em 2020. Atende gestantes e mulheres até 1 ano após parto com algum tipo de disfunção ou lesão de assoalho pélvico. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética (CAAE 44331721.8.0000.5505).

RESULTADOS

Foram atendidas 47 pacientes no período de 15 meses, sendo 15 gestantes e 32 puérperas. Entre as gestantes, além de iniciarem seguimento para preparo de assoalho pélvico, 3 apresentavam queixa de incontinência urinária de esforço. Das puérperas, 8 foram encaminhadas por laceração perineal de 4º grau, 13 por laceração de 3º grau, 2 por laceração de 2º grau, 5 por fístula genital, 2 por incontinência urinária de esforço, 1 por incontinência urinária mista e 1 por dor perineal. Dessas mulheres, 15 permaneceram em atendimento médico e fisioterápico concomitante, 18 em reabilitação com fisioterapia e 15 pacientes não mantiveram seguimento. Das gestantes que iniciaram preparo de assoalho pélvico, não há dados sobre o parto de 4. Duas pacientes tiveram parto cesariano, 4 pacientes tiveram laceração de 1º grau em fúrcula, 3 tiveram laceração de 2º grau, em 1 paciente foi realizada episiotomia mediolateral direita e 1 paciente ainda permanece gestante. Das 5 pacientes com diagnóstico de fístula genital, 2 tiveram correção cirúrgica e ainda permanecem em seguimento. Entre os casos de lacerações de 3º e 4º graus, nenhuma necessitou de cirurgia, e 2 pacientes apresentam perda de flatos ao exame físico. Entre as 15 pacientes que mantiveram o seguimento médico, não houve queixas de incontinência urinária, nem perdas urinárias ao exame físico. Foram avaliados, também, a sensibilidade e o reflexo anal em todas as pacientes. Apenas 2 pacientes apresentaram sensibilidade diminuída, uma após laceração de 3º grau e a outra, após 4º grau. Todas as pacientes mantiveram reflexo anal preservado.

CONCLUSÕES

Nos primeiros 15 meses de atendimento do GPAP, observou-se a importância de haver equipe multidisciplinar e atendimento precoce para mulheres com lesões perineais durante o parto.

Área

GINECOLOGIA - Uroginecologia

Autores

Camila Poccetti Ribeiro, Luiza Russo De Morais, Anwar Mohamed El Mouallem, Sergio Brasileiro Martins, Leticia Maria De Oliveira, Marcia Maria Dias, Claudia Cristina Takano, Marair Gracio Ferreira Sartori