60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

CORRELAÇÃO ENTRE IMC E CARCINOMA DE MAMA – ESTUDO PROSPECTIVO

OBJETIVO

O presente estudo tem o objetivo de identificar a relação entre o índice de massa corporal (IMC), sobrepeso e obesidade e o carcinoma de mama, bem como de alertar a população sobre os efeitos do aumento da massa corporal e da obesidade em relação a carcinogênese.

MÉTODOS

Estudo descritivo, transversal, observacional e prospectivo. A metodologia utilizada para essa pesquisa foi desenvolvida através da aplicação de um questionário presencial às pacientes atendidas em hospital de referência na Amazônia que estavam em tratamento de câncer de mama, atendidas em regime ambulatorial. O questionário compreendia questões a respeito de dados antropométricos e perguntas relacionadas ao câncer de mama para que fosse feita a correlação entre o índice de massa corporal (IMC) e o carcinoma mamário no momento do diagnóstico, sendo aplicado somente às pacientes que aceitaram participar do estudo por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) apresentado a cada uma. O trabalho foi aprovado pelo CEP com número de parecer 3.920.425 e CAAE 26022619.0.0000.0004.

RESULTADOS

A análise foi realizada em 92 pacientes com câncer de mama atendidas no período de agosto a dezembro de 2019. Dentre as pacientes participantes do estudo, 80,43% possuem o índice de massa corpórea entre 25,0 Kg/m2 e 39,9 Kg/m2, o índice mais prevalente foi o sobrepeso (25 Kg/m2- 29,9 Kg/m2). O tipo histológico mais frequente em relação IMC foi o ductal invasivo, presente em 80% das pacientes. Em relação ao painel imunohistoquímico, o tipo de maior prevalência foi o Luminal A. A respeito estadiamento em correlação com o IMC, o estadiamento mais frequente dentre todas as categorias de IMC foi o IIA com a média de 29%, entretanto, conforme há o aumento do IMC o estadiamento IIB se torna mais frequente em pacientes com o IMC acima de 25 KG/m2.

CONCLUSÕES

O IMC acima do considerado normal é descrito como fator de risco para carcinogênese, incluindo câncer de mama. No presente estudo ficou evidenciado a maior prevalência de carcinoma mamário em pacientes com IMC acima do indicado, correspondendo a cerca de 80,43% das pacientes participantes do estudo. Esse dado merece atenção visto que a obesidade é um fator de risco modificável e que pode sofrer melhora em relação aos índices por meio de incentivos em âmbito da saúde, gerando impacto principalmente na sobrevida das pacientes diagnosticadas com câncer de mama.

Área

GINECOLOGIA - Mastologia

Autores

Thais Cristina Fonseca da Silva, Hilka Flávia Barra Espírito Santo Alves Pereira, Larissa Maria Contiero Machado, Lucas Barbosa Arruda, Henrique Vieira Pereira, Ana Julia Oliveira de Sousa