60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

FATORES DE RISCO DE RECIDIVAS DE LESÕES PRECURSORAS DO CÂNCER DE COLO UTERINO APÓS CONIZAÇÃO NA AMAZÔNIA

OBJETIVO

O estudo tem como objetivo analisar fatores de risco relacionados a recidivas de lesões precursoras em pacientes que realizaram o tratamento por conização no ano de 2017 em hospital de referência oncológica na Amazônia.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo observacional, transversal, retrospectivo, descritivo, analítico e epidemiológico realizado com as pacientes submetidas à conização por Cirurgia de Alta Frequência (CAF) na Fundação Centro de Oncologia do Amazonas no ano de 2017, sendo acompanhadas por um período de 2 anos. Foi levantado no setor centro cirúrgico o número de conizações realizadas no ano de 2017, totalizando 175 pacientes. O estudo foi apresentado às pacientes, sendo feito convite a cada uma delas para participação no trabalho. Em caso de aceite, foi apresentado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado pelas pacientes. O trabalho foi aprovado no CEP com número de parecer: 4.277.521 e CAAE:36948620620.7.0000.0004.

RESULTADOS

Das 175 pacientes que haviam sido submetidas à conização por CAF na Fundação Centro de Oncologia do Amazonas no ano de 2017, 144 foram inclusas no estudo sendo observado seu acompanhamento na instituição durante 2 anos após o procedimento. A idade das participantes no momento da conização variou de 21 a 80 anos, sendo que a média foi de 42,9 anos e a faixa etária mais acometida foi de 40-69 anos correspondendo a 54,8% das pacientes. Quanto a sexarca, a maioria das pacientes não soube informar a idade da primeira relação sexual, seguido daquelas que informaram a idade antes dos 15 anos. Ao analisar o perfil clínico das pacientes, a Lesão Intraepitelial de Alto Grau (HSIL) foi o resultado preventivo mais frequente (50,8%) antes da conização, concordante com resultado histopatológico pós-conização. No estudo das margens cirúrgicas, a margem endocervical foi positiva em 24,3% das pacientes. Observou-se ainda que 77,1% das pacientes não finalizaram o seguimento adequadamente até o último controle.

CONCLUSÕES

Além de fatores de risco clínicos relacionados descritos, é possível identificar uma falha principalmente no seguimento dessas pacientes no centro para controle do tratamento. A falha no seguimento impacta diretamente no sucesso da terapêutica, uma vez que dificulta a identificação de recidivas em tempo hábil, resultando em uma pior sobrevida dessas mulheres.

Área

GINECOLOGIA - Oncologia Ginecológica

Autores

Thais Cristina Fonseca da Silva, Hilka Flávia Barra Espírito Santo Alves Pereira, Marcio Henrique Carvalho Ribeiro, Larissa Maria Contiero Machado , Zeliene Araújo Souza Shoji, Henrique Vieira Pereira