60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES EM INVESTIGAÇÃO DE CÂNCER DE MAMA NO SERVIÇO DE MASTOLOGIA DE UM HOSPITAL FILANTRÓPICO DO MUNICÍPIO DE VILA VELHA/ES

OBJETIVO

Identificar o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes em investigação de câncer de mama no serviço de mastologia de um Hospital Filantrópico do município de Vila Velha/ES.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo e prospectivo, com dados secundários do setor de mastologia de um Hospital Filantrópico, situado no município de Vila Velha/ES. A coleta de dados deu-se por revisão dos prontuários eletrônicos de pacientes em investigação de câncer de mama no setor de mastologia entre o período de maio de 2020 a maio de 2021. A pesquisa obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Vila Velha sob número de parecer 4.282.005 e CAAE 33293420.0.0000.5064. Os dados foram tabulados em planilha do Microsoft Excel e representados em gráficos e tabelas para facilitar a análise.

RESULTADOS

Amostra foi composta por 180 usuários, 5 (2,78%) do sexo masculino e 175 (97,22%) do sexo feminino, sendo a maioria com idade entre 50 e 59 anos (23,95%) e com diagnóstico benigno (97; 53,89%). Majoritariamente solteiros (75; 41,67%), pardos (100; 55,56%), ensino fundamental incompleto (24; 13,33%). 27,32% da amostra não apresentava qualquer comorbidade. 21,14% dos pacientes alegaram serem sedentários. O uso de tabaco prevaleceu na presença de lesões malignas (8; 4,57%). Nas afecções benignas, houve predomínio da classificação BI-RADS 3 tanto na mamografia (MMG) (24; 13,71%) quanto na ultrassonografia (USG) das mamas (25; 14,29%). Nas neoplasias malignas, predominância de BI-RADS 4 tanto na MMG (30; 17,14%) quanto na USG (17; 9,71%). Nos laudos histológicos, entre as lesões benignas, destacou-se os cistos simples (15; 8,57%), seguidos pelo fibroadenoma (11; 6,29%). Entre as neoplasias malignas, predomínio do carcinoma ductal infiltrante (44; 25,14%) seguido de carcinoma misto infiltrante (7; 4,00%). O quadrante superior lateral foi a região da mama mais acometida (89; 46,59%). O tratamento ambulatorial (60; 34,29%) imperou nas condições benignas, seguido da exérese de nódulo (9; 5,14%). Nos casos de malignidade, a principal intervenção foi a quadrantectomia (38; 21,71%), seguida pela mastectomia total (12; 6,86%).

CONCLUSÕES

Fatores de riscos fisiológicos e patológicos podem influenciar na predisposição de alterações na mama. Para tanto, o estudo é de interesse na definição dos grupos de riscos atuais para a região, propiciando o planejamento de medidas preventivas e gerenciamento dos serviços ofertados.

Área

GINECOLOGIA - Mastologia

Autores

Tiago Piol Boninsenha, Amanda de Almeida Ribeiro, Pâmella Cestari Alvernaz, Francielle Bosi Rodrigues Veloso, Neuzimar Rodolfo Serafim