60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

Resultados das mamografias no Nordeste durante a pandemia da COVID-19

OBJETIVO

Analisar descritivamente os laudos de mamografias realizadas no Nordeste durante a pandemia da COVID-19.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo, observacional e do tipo ecológico, com dados provenientes do Sistema de Informação do Câncer por meio da plataforma DATASUS. Foram incluídas mulheres entre 50 e 69 anos, que realizaram mamografia de rastreamento em Sergipe entre março de 2020 e junho de 2022. As variáveis analisadas foram ano e mês de realização, acometimento da mama e linfonodal, e BIRADS. Os dados foram analisados por meio de frequências absoluta e relativa. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe, com número do CAAE 30667320.0.0000.5546.

RESULTADOS

Durante o período, foram realizadas 1.079.042 mamografias de rastreamento no Nordeste, sendo abril a setembro de 2020 os meses com menor realização de exames. Os meses de outubro de 2020 e de 2021 representaram aumento do número de mamografias. Dentre a população com critérios para rastreamento do câncer de mama, as mulheres que mais realizaram as mamografias foram a da faixa etária entre 50 e 59 anos (63,83%), sem histórico familiar de câncer de mama (66,49%), que realizaram exame prévio (78,59%), com periodicidade de 1 ou 2 anos (45,17%). Com relação aos achados, no grupo de mulheres que realizaram a mamografia entre 2020 e 2021, 6,20% tinham a presença de nódulo nas mamas em pelo menos uma mama, sendo a mama mais acometida a esquerda (40,98%). O acometimento bilateral foi responsável por 21,42% dos casos. Ambas as mamas foram classificadas como predominante adiposa em sua maioria. Com relação ao linfonodo axilar, 0,69% tinham acometimento do linfonodo direito e 0,71% do esquerdo. Com relação ao BIRADS, 46,37% tinham achados benignos (BIRADS 2 e 3), 0,76% achados malignos (BIRADS 4 e 5) e 12,64% tinham achados inconclusivos (BIRADS 0).

CONCLUSÕES

Conclui-se que mulheres entre 50 e 59 anos, sem risco elevado para câncer de mama e que realizam mamografias a cada 1 ou 2 anos, são as que mais buscam serviço de saúde para realizar mamografias de rastreamento, principal método de prevenção ao câncer de mama. O mês com maior realização dos exames foi outubro, que corresponde ao mês de maior

incentivo à prevenção do câncer, com a campanha Outubro Rosa. Dentre os laudos, a maioria não apresentou acometimento de mama ou linfonodo, sendo o BIRADS 2 o mais prevalente.

Área

GINECOLOGIA - Mastologia

Autores

Yasmin Juliany de Souza Figueiredo, André Pinheiro Zylberman, João Eduardo Andrade Tavares de Aguiar, Barbara Rhayane Santos, Lara Carvalho Cerqueira, Hudson Silva Dantas, Thais Serafim Leite de Barros Silva, Julia Maria Gonçalves Dias