60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

Avaliar risco cardiovascular em pacientes com IOP em uso de diferentes tipos de terapia hormonal

OBJETIVO

Comparar perfis clínicos e de risco cardiovascular entre grupos de mulheres com IOP em uso de terapia hormonal convencional, de contraceptivos orais combinados (COCs) e de terapia transdérmica

MÉTODOS

Análise retrospectiva de prontuários de pacientes com IOP em seguimento ambulatorial de Ginecologia Endócrina entre janeiro de 2018 e dezembro de 2020. As pacientes foram avaliadas quanto a variáveis demográficas, clínicas, hormonais e escore de Framingham.
Os dados foram tabulados em excel e em seguida importados para o programa SAS versão 9.4, no qual, foram realizadas as análises estatísticas.
Uma análise exploratória de dados foi realizada considerando as medidas de posição central e de dispersão. As variáveis qualitativas foram resumidas considerando as frequências absolutas e relativas.
O teste qui-quadrado foi aplicado para verificar se havia associação entre as variáveis qualitativas em relação aos grupos de estudo. Já o teste não paramétrico de Kruskal Wallis foi aplicado para verificar se havia diferenças estatísticas das variáveis quantitativas em relação aos grupos. Aprovado pelo CEP. CAAE: 46425621.0.0000.5440

RESULTADOS


Não houve diferença estatística na análise de características demográficas entre os grupos de TRH (p>0,05 para todas as variáveis), nem em relação à ingesta de cálcio, exposição solar mínima adequada e entre variáveis bioquímicas (glicemia, perfil lipídico e hormônios pré-diagnóstico- FSH, PRL e TSH).
Em relação aos marcadores de Risco Cardiovascular, pelo índice categorizado de Framingham, todas as pacientes se encaixaram em baixo risco, não havendo diferença estatística entre os grupos . Porém, no escore individual por pontos, o grupo em uso de transdérmico possui mais pontos do que o grupo COC e o grupo tradicional (p=0,0195). Provavelmente a indicação da TH transdérmica foi feita com base em fatores de risco que justificaram o aumento do escore, sendo esta uma causa e não uma consequência do uso deste tipo de medicação.

CONCLUSÕES

Os resultados deste estudo sugerem que, pelo menos em curto e médio prazo, o uso de COCs para terapia hormonal em pacientes com IOP não interfere no perfil metabólico, nível pressórico e escore de risco cardiovascular dessas pacientes; tampouco há diferenças entre as usuárias de estrogênios naturais por via oral ou transdérmico. Isso implicaria em maior cobertura terapêutica do hipoestrogenismo às pacientes brasileiras, sobretudo as do SUS, com maior adesão ao tratamento e diminuição das consequências do hipoestrogenismo a longo prazo

Área

GINECOLOGIA - Endocrinologia Ginecológica

Autores

Victoria Issa Chodraui, Ana Carolina Japur de Sá Rosa e Silva