60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

O DIFÍCIL DIAGNÓSTICO DA SINDROME DA TENSÃO PRÉ MENSTRUAL E SEU IMPACTO NA ROTINA DE UNIVERSITÁRIAS

OBJETIVO

Avaliação da ocorrência da Síndrome da Tensão Pré Menstrual (STPM)e seu impacto na rotina de estudantes universitárias.

MÉTODOS

Realizou-se um estudo de coorte, entre 36alunas ingressantes na primeira etapa de um curso de Medicina no segundo trimestre de 2021,sendo que 22 preenchiam os critérios de elegibilidade. Foi preenchido inicialmente, o questionário The PremenstrualSyndromeScreening Tool (PSST), de triagem, autoaplicável e retrospectivo, constituído por19 tópicos, abrangendo características sociodemográficas e a ocorrência dos principais sinais e sintomas pré-menstruais.Após análise, aquelas que possuíamcritérios para possível diagnóstico de STPM, foram convidadas a preencher diariamente, por 2 meses consecutivos o questionário Daily Record ofSeverityofProblems (DRSP), prospectivo, constituído de24 domínios, abordando osprincipais sinais e sintomas da STPM e seu impactonas atividades diárias, portanto, em diferentes fases do ciclo menstrual.
Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa-CAAE: 46982021.9.0000.5510
Análise estatística: Realizou-se análise exploratória de dados através de medidas de resumo e construção de gráficos e tabelas.

RESULTADOS

A média etária das participantes foi de 20,2 anos, a maioriareferiu ser solteira (95%), negava tabagismo (95.5%) e 77% considerava-se branca. A idade média da menarca foi aos 11,9 anos, com ciclos menstruais regulares. Todas as entrevistadasrelataram a ocorrência de ao menos um sinal ou sintoma da STPM, com intensidade variável entre elas. Os sintomas mais comuns, referidos por 72% das entrevistadas foram,mastalgia, cefaléia, mialgia e ganho de peso.Enquanto, 77,2% referiam a presença de sinais comportamentais como choro e desinteresse no trabalho.No entanto, o percentual das mulheres com possível diagnóstico de STPM demonstrado pelo PSST foi de 44,4%, enquanto, 4,5% destas tiveram o diagnóstico confirmado pelo DRSP.

CONCLUSÕES

Apesar do diagnóstico definitivo da STPM ser difícil e por isto, muitas vezes superdiagnosticado, a convivência com muitos dos seus sinais e sintomas podem comprometer as atividades diárias, levando ao baixo desempenho acadêmico e até o absenteísmo. Tornando-se assim, um problema de saúde pública.Podendo a universidade, neste caso, ser um ambiente onde campanhas e ações de saúde possam ser direcionadas aos estudantes de modo a acolher e ofertar cuidados.

Área

GINECOLOGIA - Atenção primária

Autores

Debora Alessandra Castro Gomes, Júlia Vallin Rodrigues Alves