Dados do Trabalho
TÍTULO
CONHECIMENTO E ATITUDES DE MULHERES SURDAS EM RELAÇÃO A MÉTODOS CONTRACEPTIVOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
OBJETIVO
Identificar o conhecimento e a atitude de mulheres surdas em relação a métodos contraceptivos.
FONTE DE DADOS
Busca em 7 bases de dados: PubMed, Embase, Web of Science, Scopus, Psycinfo, CINAHL e DART-E, utilizando PECO e palavras-chave (P)“deaf” OR “deaf women” OR “deaf woman” OR “hearing impairment” OR “hearing loss” AND (E)“contraception” AND (O)“knowledge” OR “attitude” OR “awareness” no período de 23 de agosto 2021 a 18 de abril de 2022. Inclusos artigos disponíveis até abril de 2022. As restrições de acesso dos artigos publicados, escassez de estudos prospectivos com mulheres surdas e falta de uniformização nos métodos impossibilitaram realizar uma metanálise.
SELEÇÃO DE ESTUDOS
397 artigos revisados, sendo 18 artigos elegíveis. Inclusão: artigos com texto completo e gratuito; ter na amostra mulheres com surdez. Exclusão: não ter outras deficiências sensoriais, físicas incapacitantes ou mentais associadas a surdez.
COLETA DE DADOS
Conduzida de acordo com o padrão Preferred Reporting Items for the Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) e cadastrada em um registro internacional de revisões sistemáticas (PROSPERO CRD42021277635). Para a busca, seleção e análise, foram designados ao menos dois revisores independentes.
SÍNTESE DE DADOS
Os artigos apresentaram baixa qualidade de evidência. O conhecimento sobre métodos contraceptivos entre surdas foi considerado baixo em 11 artigos. Em 4 artigos, os métodos de barreira e de curta duração foram mais conhecidos, seguido dos métodos comportamentais. Os métodos reversíveis de longa duração foram menos conhecidos. Atitude em relação a métodos contraceptivos entre surdas foi satisfatória considerando aderência aos contraceptivos. Motivos de uso dos contraceptivos entre mulheres adultas foram evitar a gravidez e entre as adolescentes, evitar o HIV. Razões apresentadas para o abandono do método foi desejo reprodutivo e o medo de efeitos colaterais. Barreira apontada em 13 artigos para uso informado de contraceptivos foi de comunicação e o facilitador, os amigos. A taxa de uso de contraceptivos mostrou ser maior entre métodos de barreira (28,6%) e de curta duração (15,8%). Entre adolescentes, a prática do coito interrompido foi maior do que o uso de preservativos. Não foi identificado estudo de intervenção para melhorar a tomada de decisão no uso informado de contraceptivos.
CONCLUSÕES
A atitude de aceitação sobre uso dos contraceptivos foi favorável e o conhecimento foi considerado baixo, devido a barreiras de comunicação e pouco conhecimento sobre métodos de maior efetividade.
Área
GINECOLOGIA - Contracepção
Autores
Gabriela Fuster Barbosa, Edson Santos Ferreira-Filho, Patricia Gonçalves de Almeida, José Maria Soares-Junior, Isabel Cristina Esposito Sorpreso