Dados do Trabalho
TÍTULO
Avaliação dos fatores de resistência de mulheres com Neoplasia Trofoblástica Gestacional de baixo risco em monoquimioterapia nos últimos 10 anos
OBJETIVO
Avaliar os fatores de risco para resistência em mulheres com neoplasia trofoblástica gestacional (NTG) de baixo risco tratadas com monoquimioterapia.
MÉTODOS
Coorte retrospectiva com 46 mulheres com neoplasia trofoblástica gestacional de baixo em hospital terciário no período de janeiro de 2010 até dezembro de 2020. Foram incluídos os prontuários de mulheres que estavam em tratamento quimioterápico com um único agente e excluídos os prontuários que não haviam as informações necessárias. As variáveis analisadas foram: idade, paridade, escolaridade, estado civil, método contraceptivo utilizado, índice de massa corpórea, tipo de NTG, escore de risco da NTG, estadiamento da NTG, locais de metástases, tipo de quimioterapia, efeitos adversos, taxa de remissão completa, taxa de recidiva, resistência, valores de gonadotrofina coriônica humana (HCG). Foi realizada uma análise descritiva com valores de frequência absoluta e percentual, média e desvio padrão. Para comparar as variáveis categóricas (com e sem resistência), foram utilizados os testes qui-quadrado ou exato de Fisher. Para comparação das variáveis numéricas foi utilizado o teste de Mann-Whitney. Para avaliar os fatores de risco associados à resistência foi realizada a análise de regressão de Poisson. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da instituição (CAAE: 95220818.10000.5404).
RESULTADOS
A média etária das mulheres foi 28,3±8,6 anos, sendo que a maioria era branca (73,9%), casadas (66,6%), com o 2º grau completo (52%) e procedentes do município de Campinas e região metropolitana (68,1%). A queixa mais referida nesses casos foi sangramento, presente em 58,7%. O escore médio de risco foi 3,6±1,5. Ocorreu resistência do tratamento em 11 mulheres (24%). A maioria das mulheres tinha HCG acima de 100.000UI/ml em ambos os grupos (p=0,32). As mulheres com resistência tiveram um menor número de esvaziamento uterino quando comparadas com as sem resistência (p=0.007). Nenhuma variável analisada foi significativamente associada à maior chance das mulheres apresentarem resistência ao metotrexato.
CONCLUSÕES
Mulheres com resistência ao metotrexato apresentaram menor número de esvaziamento uterino e não há fatores que aumentem a chance de mulheres com NTG de baixo risco apresente resistência ao metotrexato.
Área
GINECOLOGIA - Oncologia Ginecológica
Autores
Daniela Angerame Yela Gomes, Cristina Laguna Benetti-Pinto, Luiza da Costa Parenti