60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

NEOPLASIA DE OVÁRIO EM GESTANTE DE PRIMEIRO TRIMESTRE: UM RELATO DE CASO

CONTEXTO

O enfrentamento de neoplasias ginecológicas durante a gestação é desafiador, uma vez que há que se levar em consideração tanto a fragilidade da paciente portadora da lesão quanto o concepto e as decisões obstétricas concernentes aos riscos para a gestação, tanto da doença quanto do tratamento possivelmente proposto.

DESCRIÇÃO DO(S) CASO(S) ou da SÉRIE DE CASOS

Paciente feminina, 32 anos, sem comorbidades prévias, G2P1, descobriu-se gestante em ecografia de rotina que evidenciou imagem anexial complexa de 13 cm em maior diâmetro, com CA-125 de 203, demais marcadores de lesão ovariana normais. Procurou serviço especializado, onde foi submetida a ooforectomia esquerda laparotômica com idade gestacional de 13 semanas. Resultado de anátomo-patológico foi tumor perfurativo atípico Borderline com área de microinvasão, portanto classificada com carcinoma ovariano de estádio IA pela FIGO. Discutiu-se caso com oncologia clínica, optado em equipe multidisciplinar pela não realização de quimioterapia. Seguiu com gestação até o termo, quando foi realizada indução do parto devido diagnóstico de colestase gestacional com 31 semanas. Após três meses do parto, foi submetida a cirurgia citorredutora ovariana sem preservação de fertilidade, sem lesão residual em peças cirúrgicas. Paciente entra em seguimento após.

COMENTÁRIOS

O caso evidencia o quão desafiador pode ser o manejo de neoplasias ginecológicas na gestação. Mostra também um dos motivos da indicação de ressecção de lesões ovarianas maiores de 10 cm em qualquer idade reprodutiva, o que, neste caso, foi determinante para o tratamento adequado da doença.

Área

GINECOLOGIA - Oncologia Ginecológica

Autores

João Antônio Vila Nova Asmar, Eduarda Gasperini, Amanda Tronco, Jefferson Henrique Zwir Poli, Renata Ávila, Rosilene Jara Reis