60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

STUMP COMO ACHADO OCASIONAL DE HISTERECTOMIA POR PÓLIPO ENDOMETRIAL SUSPEITO: UM RELATO DE CASO

CONTEXTO

Os leiomiomas fusiformes uterinos são bastante comuns, contudo suas variantes tem prevalência em torno de 1 a 2%. A diferenciação destas lesões de lesões malignas como o leiomiossarcoma são difíceis apenas por exames de imagem, sendo necessário amostra histológica. Na literatura não há consenso sobre o manejo dos tumores tipo STUMP. Há relatos em pacientes jovens de realização de tumorectomia para preservação de fertilidade, contudo há risco de recidiva da lesão. Alguns subtipos de STUMP também não podem ser classificados inequivocamente como benignos. Deste modo a histerectomia total é o tratamento curativo destas lesões. Não é necessário follow up adicional nessas pacientes ou complementação cirúrgica.

DESCRIÇÃO DO(S) CASO(S) ou da SÉRIE DE CASOS

Paciente feminina, 52 anos, apresentava hipertensão crônica e de cirurgia prévia de laqueadura tubária. Iniciou com sangramento uterino anormal desde dezembro de 2020 e foi encaminhada a serviço terciário de ginecologia oncológica para investigação após realizar ecografia transvaginal que mostrou imagem de 7,5 x 7,6 x 7,5 cm (volume 225,5cm3) localizada na região retro uterina. Paciente realizou ressonância magnética de pelve e abdome superior que corroborou lesão no corpo do útero / parede lateral direita, medindo 8,6 x 8,6 x 8,7 cm, contida pela serosa uterina, sem outros achados anormais no abdome. Paciente realizou histeroscopia para biópsia, porém resultado anátomo-patológico demonstrou apenas pólipo endometrial. Foi optado por realizar Histerectomia para resultado anatomo-patológico da lesão. A cirurgia foi realizada em dezembro de 2021 e a peça cirúrgica mostrou como resultado anatomo-patológico e imunoistoquímico tumor de músculo liso de potencial maligno incerto (STUMP). Paciente entrou em seguimento com equipe de ginecologia após cirurgia.

COMENTÁRIOS

Neste caso evidencia-se a importância da investigação adicional em pacientes selecionadas. Como havia alta suspeição neoplásica pela história clínica e fatores de risco para lesão endometrial, optou-se por histerectomia para avaliação de quadro de forma individualizada, o que acabou, conforme supracitado, funcionando como tratamento definitivo para a paciente em questão.

Área

GINECOLOGIA - Oncologia Ginecológica

Autores

João Antônio Vila Nova Asmar, Gabriela Martins Saueressig, Kerellyn Follador, Jefferson Henrique Zwir Poli, Renata Ávila, Rosilene Jara Reis