60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

MULHERES SUBMETIDAS À CIRURGIA ONCOPLÁSTICA DA MAMA COM PIORA DA SIMETRIA

OBJETIVO

avaliar as características epidemiológicas e oncocirúrgicas de mulheres que
apresentaram piora da simetria mamária após cirurgia oncoplástica entre 2012 e 2015.

MÉTODOS

trata-se de um estudo transversal e retrospectivo com o intuito de avaliar as
características epidemiológicas e oncocirúrgicas de pacientes do sexo feminino que
apresentaram melhoria da simetria mamária, por meio da análise das fotos pré e pós-
operatória por meio do aplicativo BSymmetry, após serem submetidas a cirurgia oncoplástica
da mama, no Hospital Nossa Senhora das Graças em Curitiba, Paraná, no período entre janeiro
de 2012 e setembro de 2015. Foram incluídas pacientes do sexo feminino com 18 anos ou
mais, submetidas a terapia conservadora da mama com utilização de técnicas oncoplásticas
para tratamento do câncer de mama e que possuíam fotografias adequadas do pré e pós-
operatório. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo Seres
Humanos da Universidade Federal de Sergipe, com número do CAAE 30667320.0.0000.5546.

RESULTADOS

Foram analisadas 53 pacientes durante o período do estudo, sendo 106 fotografias
pré e pós-operatórias submetidas ao aplicativo para obtenção do percentual de modificação
na simetria mamária. Após isso, foram agrupadas as 15 pacientes com piora da simetria das
mamas. Dentre elas, a idade média foi de 53 anos. O IMC apresentou maior resultado na faixa
compreendida entre 25 e 30 Kg/m2 (66,7%). A maioria não era tabagista (93,3%), não tinha
comorbidades (80%) e encontrava-se na pré-menopausa (53,3%). Ao exame clínico, 46,7% das
mamas eram grandes. Uma paciente (6,7%) realizou cirurgia mamária prévia. A cirurgia
oncoplástica utilizando o pedículo inferior foi realizada em 11 pacientes (80%). A localização
mais frequente encontrada para o tumor da mama foi o quadrante superior lateral (33,3%).
Tumores T1 (<20mm) perfizeram 86,7% da amostra. 93,3% das pacientes foram submetidas à
radioterapia.

CONCLUSÕES

Conclui-se, assim, que a maioria das mulheres que apresentaram piora da simetria
mamária após operação estavam no período pré-menopausa, com sobrepeso, sem
comorbidades ou uso de cigarro, e tinham mamas grandes. Elas também apresentam tumores
com menos de 20 mm (T1), geralmente no quadrante superior lateral, sendo submetidas à
cirurgia utilizando o pedículo inferior, com radioterapia pós-operatória.

Área

GINECOLOGIA - Mastologia

Autores

Anna Maria Fonseca Albuquerque, Thais Serafim Leite de Barros Silva, Júlia Maria Gonçalves Dias, Vinicius da Silva Martins, João Eduardo Andrade Tavares de Aguiar, Mariana Fontes Andrade Almeida, Marcos Antônio Lima Carvalho, Eduardo José Souza da Fonsêca