60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

PERFIL SOCIOEPIDEMIOLÓGICO DE MULHERES COM HIV/AIDS NO BRASIL ENTRE 2012 E 2021

OBJETIVO

Descrever variantes relacionadas ao perfil social de mulheres diagnosticadas com HIV/AIDS durante a gestação no Brasil entre 2012 e 2021, avaliando aspectos que contribuem para a maior prevalência da doença.

MÉTODOS

Estudo epidemiológico descritivo de corte transversal cujos dados foram coletados do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI), no qual foram pesquisadas faixa etária, região de residência, raça e grau de instrução das mulheres. Em seguida, os dados foram compilados no Microsoft Excel para serem interpretados. A pesquisa não foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa tendo em vista que os dados são de domínio público e podem ser encontrados na plataforma DATASUS.

RESULTADOS

O número de pessoas do sexo feminino diagnosticadas com HIV/AIDS no Brasil foi de 118.036 entre 2012 e 2021. Desse valor, a macrorregião com maior número de mulheres acometidas foi a do Sudeste, com 42.802 (36,3%). A faixa etária mais prevalente das pacientes foi de 35-49 anos (40,3%), seguida da faixa etária de 20-34 anos (33,5%). A maioria dessas mulheres tinha a escolaridade de 5ª a 8ª série incompleta, representando 13.141 casos ou 11% do total. Em relação a raça, um importante percentual de 44,6% das pacientes não foram identificadas. 26.150 (22,1%) são consideradas mulheres brancas, 30.530 (25,9%) pardas, 8.101 (7%) pretas, 332 (0,3%) amarelas e 247 (0,2%) indígenas. O meio de contágio mais prevalente foi o de mulheres com relações sexuais restritamente heterossexuais, com 58.272 dos casos (49,4%), e os menos prevalentes ocorreram com paciente hemofílica e acidente com material biológico, com um caso registrado para cada.

CONCLUSÕES

A prevalência do HIV/AIDS em mulheres no Brasil ocorre predominantemente em habitantes da região sudeste, de idade de 20 a 49 anos, com 6 a 9 anos de estudo, de maioria parda e em relações heterossexuais. Essas variáveis são fundamentais para o rastreio e a prevenção de pacientes com HIV/AIDS, bem como a identificação de possíveis achados socioepidemiológicos que contribuam para um maior risco de contrair a doença. A prevenção, o rastreio e o tratamento continuado podem modificar desfechos na atenção à saúde de mulheres e na diminuição de casos e complicações de paciente com HIV/AIDS no Brasil.

Área

GINECOLOGIA - Doenças Sexualmente Transmissíveis

Autores

Amanda Camelo Paulino, Ingrid Barbosa Lopes, Mariana Queiroz de Souza, Karina Soares Nogueira, Camila Silveira Marques, Natália Maria Vasconcelos Oliveira, Thamile Chaves dos Santos, Andreisa Paiva Monteiro Bilhar