60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

Avaliação das correções de fístulas urogenitais operadas em uma maternidade terciária

OBJETIVO

Realizar uma avaliação dos diagnósticos e das técnicas cirúrgicas das correções de fístulas urogenitais operadas em pacientes de uma maternidade terciária pública do Nordeste brasileiro, bem como os resultados e desfechos dos casos analisados.

MÉTODOS

Estudo observacional com análise de prontuário, na qual foram analisadas pacientes operadas entre 2015 e 2020 para a correção de fístulas urogenitais. As variáveis coletadas incluíram informações relativas ao diagnóstico da fístula, ao evento desencadeador e à técnica cirúrgica. Foi-se feito uma busca ativa pelo seguimento dessas pacientes, com o fito de identificar remissão completa ou parcial dos sintomas. Foram excluídas da amostra pacientes que não tiveram seguimento pós-operatório e que os prontuários não tiveram dados suficientes para a coleta. A pesquisa está amparada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do serviço em questão.

RESULTADOS

A amostra contou com a análise de 20 prontuários, dentre estes, todos (100%) sendo casos de fístulas vesicovaginais. Em relação à sociodemografia, a idade média das pacientes foi de 47 anos, mínimo 18 e máximo 75 anos. A quantidade de gestações variou entre 0 a 7. Observou-se que o evento desencadeante em 18 casos (90%) de fístulas foi uma cirurgia ginecológica prévia. Dentre estas, histerectomias abdominais corresponderam ao evento desencadeador em 16 pacientes (80%), histerectomias vaginais em 2 pacientes (10%), cesárea com histerectomia abdominal em 1 paciente (5%) e corpo estranho em 1 paciente (5%). O tempo até o diagnóstico variou de 15 dias a 1470 dias, sendo a média 274 dias. O maior período para correção da 1ª fístula foi de 1550 dias e o menor foi de 13 dias, sendo a média 430,9 dias. No que tange a técnica cirúrgica para a 1ª correção, todos os casos (100%) foram realizados via vaginal. Com relação ao desfecho, 9 pacientes (45%) não apresentaram recidiva após a 1ª cirurgia, enquanto 11 (55%) evoluíram com quadros recidivantes. Destas, 10 pacientes precisaram de uma segunda cirurgia e 1 de uma terceira abordagem.

CONCLUSÕES

Conhecer as taxas de complicações com fístulas urogenitais de um serviço é importante para poder desenvolver estratégias de prevenção, assim como avaliar as taxas de sucesso na correção cirúrgica.

Área

GINECOLOGIA - Cirurgia Ginecológica

Autores

Isadora Freitas Peixoto Paz, Luiz Alexandre Porto Castro Filho, José Armando Pessôa Neto, Giulia Queiroz Cavalcanti, Amanda Camelo Paulino, Kathiane Lustosa Augusto, Sara Arcanjo Lino Karbage, Andreisa Paiva Monteiro Bilhar