60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

ANÁLISE DA PREMATURIDADE EM PARTURIENTES ATENDIDAS EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO

OBJETIVO

Analisar o perfil de parturientes atendidas em hospital terciário, cujos neonatos nasceram pré-termo, a fim de verificar possíveis relações entre esses desfechos e intercorrências na gestação.

MÉTODOS

Estudo transversal, realizado com parturientes de um Hospital Terciário no Rio Grande do Sul. As informações foram obtidas através de análise de prontuários eletrônicos e/ou entrevistas com as pacientes; foram incluídas 4.726 parturientes em dois períodos, o primeiro entre janeiro de 2017 e junho de 2018 (n=3150) e o segundo entre janeiro de 2020 a janeiro de 2021 (n=1576). Foi realizada a análise descritiva das variáveis e associação verificada pelo teste Qui-quadrado, com nível de significância 5% (p <0,05). Os dados analisados fazem parte de um projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição (CAAE: 1 59366116.5.0000.5346).

RESULTADOS

Dentre as gestantes assistidas, 20,4% (n = 957) foram de partos prematuros. A prematuridade foi associada significativamente ao uso de drogas, ao IMC inicial da gestante menor que 20, ao IMC final da gestante menor que 20 ou entre 20 a 24,9, a pré-natal incompleto e a intervalos entre partos menores que 2 anos. Referente às complicações inerentes ao parto, notou-se associação de prematuridade com trabalho de parto pré-termo (TPPT), ruptura prematura de membranas (RUPREME), crescimento intrauterino restrito (CIUR) e corioamnionite. Já em relação às comorbidades na gestação, percebeu-se que hipertensão, HAS crônica, HAS crônica com pré-eclâmpsia sobreposta, pré-eclâmpsia, obesidade e Covid-19 possuem relação com a ocorrência de prematuridade. Tabagismo, etilismo, diabetes, infecção por toxoplasmose gestacional, sífilis, HIV, hepatites B e C e anemia não tiveram relação com prematuridade na amostra estudada. A porcentagem de gestantes com hipertensão gestacional transitória foi significativamente menor nas gestações pré-termo (8,7%) em relação as gestações a termo (14,3%).

CONCLUSÕES

Os dados sugerem que os recém-nascidos pré-termo apresentaram maiores complicações durante a gestação do que aqueles que nasceram a termo. Portanto, é imprescindível o adequado acompanhamento pré-natal, a fim de diagnosticar fatores de risco e evitar as possíveis complicações que a prematuridade pode acarretar ao neonato.

Área

OBSTETRÍCIA - Gestação de alto risco

Autores

Nathaly Michaela Melo da Conceição, Marcos Flores Pimenta, Érica Carvalho Schneider, Gustavo Kolling Konokpa, Gustavo Regus Schuster, Isabella Batista Plotzki, Luciane Flores Jacobi, Cristine Kolling Konopka