60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

MECANISMOS PATOGÊNICOS E TRATAMENTO DA CANDIDÍASE VULVOVAGINAL RECORRENTE: REVISÃO SISTEMÁTICA

OBJETIVO

Realizar uma Revisão Sistemática (RS) de estudos relacionados aos mecanismos patogênicos e tratamentos da Candidíase Vulvovaginal Recorrente (CVVR).

FONTE DE DADOS

Revisão Sistemática, cuja busca foi realizada nas bases de dados MEDLINE e LILACS com os descritores “Candidíase Vulvovaginal” e “Recorrente” utilizando o operador booleano AND para combinar os descritores.

SELEÇÃO DE ESTUDOS

Foram incluídos artigos disponíveis na íntegra, que se apresentassem como estudo de caso, nas línguas inglês, português e espanhol, publicados nos últimos 5 anos, relacionados ao tema. Os estudos que não atenderam aos critérios anteriores foram excluídos. Do total de 514 artigos identificados, 8 atendiam aos critérios de inclusão, sendo selecionados para esta revisão.

COLETA DE DADOS

Em cada estudo incluso foram extraídos os dados referentes à amostra e descrição das intervenções: título, ano de publicação, número de participantes e idade, objetivo e resultados, considerando nos estudos a relação entre a fisiopatologia da CVVR e os principais tratamento utilizados.

SÍNTESE DE DADOS

Os principais agentes etiológicos relacionados à CVVR foram a Candida albicans (80,9%) e Candida glabarata (6,6%), sendo citados também a Candida africana e outras espécies não albicans. Dois estudos abordaram a patogenia da CVVR, com a participação do óxido nítrico (NO) e do polimorfismo do alelo variante “B” do códon MBL254, estando também relacionados fatores de risco como a ingestão de laticínios e alteração de hábitos intestinais. As intervenções farmacológicas analisadas foram o uso de azóis orais e tópicos, ácido bórico intravaginal, hidroxitirosol e vacina imunoterapêutica fúngica. Um trabalho que avaliou as práticas de diagnóstico e tratamento da CVVR concluiu que há uma baixa frequência de testes diagnósticos, sugerindo tratamento empírico substancial, podendo contribuir para resistência aos antifúngicos.

CONCLUSÕES

Foi observado que o principal agente etiológico da CVVR é a Candida albicans, estando envolvidos mecanismos patogênicos relacionados ao NO e polimorfismo do gene MBL254. Os tratamentos mais utilizados são os azóis tópicos e orais, como também foram citados ácido bórico intravaginal, hidroxitirosol e vacinas imunogênicas. São necessários mais estudos que abordem as novas formas de tratamentos, que incluam uma assistência individualizada de acordo com as especificidades de cada paciente.

Área

GINECOLOGIA - Patologia do Trato Genital Inferior

Autores

Carolina Queiroga de Miranda, Gustavo Jambo Cantarelli, Letícia César Jatobá Mendonça, Maria Eduarda Mateus Borba Machado, Maria Augusta Oliveira Amando, Carla Guimarães Machado, Fernanda Queiroga de Miranda