60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

ANÁLISE COMPARATIVA DOS EXAMES CITOPATOLÓGICOS DE COLO UTERINO E SUA RELAÇÃO COM A PANDEMIA DE COVID-19 NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

OBJETIVO

Avaliar o impacto da pandemia no rastreamento do câncer de colo uterino no Rio Grande do Sul (RS), diante da pandemia de COVID-19.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo transversal descritivo com base nos dados fornecidos pelo Sistema de Informações do Câncer (SISCAN) no DATASUS acerca dos exames citopatológicos realizados entre maio de 2018 e março de 2022 no RS. Os dados foram divididos em dois grupos distintos, de acordo com o período em que os exames foram realizados: G1 (maio de 2018 a fevereiro de 2020, que corresponde ao período pré-pandemia) e G2 (março de 2020 a janeiro de 2022, que corresponde ao período da pandemia). Posteriormente, avaliou-se a presença de alterações em ambos os grupos. Os cálculos e a análise foram realizados através de estatística descritiva com proporções simples e médias aritméticas. Os dados foram coletado através do DATASUS e dispensa aprovação de CE.

RESULTADOS

De um total de 1.684.464 exames, foram incluídos em G1 884.840 exames, com média mensal de 40,2, e em G2, 758.783, com média de 34,4, exames. Em G1, houve um mínimo de 29,1 exames no mês de setembro de 2018 e máximo de 50,6 em julho de 2019. Enquanto em G2, o mínimo de exames foi de 12,4 em maio de 2020 e máximo de 60,5 em dezembro de 2021. Desses exames, 544.522 (61,5%) estavam fora da normalidade em G1, e 446.221 (58,8%), em G2.

CONCLUSÕES

Apesar do impacto da pandemia de COVID-19, não se observou grandes alterações na média de citopatológico do colo uterino realizados no estado do RS, o que pode indicar uma boa ação das campanhas de rastreamento a nível de atenção primária e manutenção dos cuidados de saúde por parte das mulheres. Além disso, ressalta-se que boa parte destes exames são coletados fora dos hospitais, o que também facilitou a manutenção do rastreamento para muitas mulheres que por um longo período evitaram ambientes hospitalares. O valor mínimo registrado foi em maio de 2020, o que pode ser um reflexo das consequências do ápice do isolamento social naquele momento.

Área

GINECOLOGIA - Atenção primária

Autores

Arthur Henrique Weiler Furlanetto, Nathália Fritsch Camargo, Helena Morsch Marques, Natalie da Silveira Donida, Nadiessa Dorneles Almeida