Dados do Trabalho

TÍTULO

QUALIDADE DE VIDA E GRAU DE ANSIEDADE EM MULHERES PRÉ-TESTE URODINÂMICO: UMA ANÁLISE COMPARATIVA

OBJETIVO

Avaliar o estado de ansiedade antes da realização do estudo urodinâmico e comparar com questionários de qualidade de vida e resultados urodinâmicos em mulheres com queixas urinárias.

MÉTODOS

Estudo transversal realizado em ambulatório de urodinâmica de hospital terciário do Ceará. Foram aplicados os questionários: International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF) que avalia qualidade de vida em pacientes com incontinência urinária, Overactive Bladder Questionnaire - Short Form (OAB-V8) que avalia incômodo causado pela bexiga hiperativa e a versão curta do Brazilian State- Trait Anxiety Inventory (STAI) que avalia a ansiedade pré-teste em pacientes que aguardavam para a realização do estudo urodinâmico.
Logo após a paciente foi submetida ao exame e os dados urodinâmicos, em relação a presença de perda urinária ao esforço ou contração involuntária do detrusor, também foram coletados. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o programa estatístico JAMOVI e Microsoft Excel 2016.

RESULTADOS

Foram avaliadas 70 mulheres. A média do STAI-S, que avalia o nível de ansiedade geral, foi de 12,3 (ansiedade moderada) e do STAI-T, que avalia o nível de ansiedade naquele momento, de 15,6 (ansiedade elevada). Houve correlação positiva entre o ICIQ-SF e o OAB-V8 (p < 0,001) e entre o OAB-V8 e a presença de contrações involuntárias do detrusor na urodinâmica (p = 0,02). Não houve correlação entre os questionários STAI e ICIQ-SF.

CONCLUSÕES

As mulheres possuíam um nível de ansiedade no momento de realização do exame superior em relação aos níveis de ansiedade apresentados no seu cotidiano. Foi observado nível moderado a elevado de ansiedade em pacientes que aguardavam para realização de estudo urodinâmico, porém não houve correlação com os questionários de qualidade de vida específicos para incontinência urinária e com o resultado do estudo urodinâmico. Houve correlação positiva entre os questionários de incontinência urinária e a presença de contração involuntária do detrusor.