Dados do Trabalho

TÍTULO

DESAFIOS DO ATENDIMENTO DAS PESSOAS TRANSSEXUAIS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

OBJETIVO

Apontar os principais desafios enfrentados pela população transexual no acesso à Atenção primária à saúde, através da revisão de estudos previamente publicados.

FONTE DE DADOS

Foi realizada uma busca nas plataformas “MEDLINE”, “LILACS” e “SciELO” por estudos publicados entre 2018 e 2022, completos e gratuitos, que se enquadrassem no tema a ser discutido.

SELEÇÃO DE ESTUDOS

Buscou-se pelos seguintes descritores: “transexualidade”, “acesso” e “atenção primária à saúde”. Foi possível aferir um resultado de 178 artigos, nas línguas inglesa e portuguesa, dos quais apenas correspondiam aos critérios para inclusão no tema.

COLETA DE DADOS

A partir da seleção dos artigos, analisou-se o objetivo, metodologia e resultados encontrados nos trabalhos enquadrados.

SÍNTESE DE DADOS

Através dos estudos analisados, percebeu-se uma prevalência de casos de discriminação e sentimento de “não aceitação” entre as pessoas transexuais analisadas. Casos de preconceito e mesmo, negação ao serviço no momento da procura por consultas ginecológicas foram relatados diversas vezes por homens transexuais. Outra queixa recorrente, cabe ao uso do nome social, ignorado por muitos profissionais da saúde no momento do atendimento. Em um dos estudos avaliados, no qual foram realizadas entrevistas com um grupo de pessoas transexuais, a sensação de não pertencer ao sistema, falta de conhecimento dos profissionais de saúde e discriminação pela identidade de gênero, foram relatadas pelos entrevistados. Além disso, alguns dos pacientes avaliados, recorreram a um processo de “autoexclusão” por não se sentirem enquadrados ao sistema.

CONCLUSÕES

Foi possível observar que a população transexual sofre diversas dificuldades quando se analisa o acesso a serviços básicos como o da atenção primária. A baixa resolutividade dos casos, preconceito e exclusão dessa população, embasadas na binaridade de gênero para resolução dos casos, contribuem para a prevalência de um cenário de descaso, no qual pacientes transexuais são submetidos ao sentimento de não pertencimento ao sistema único de saúde (SUS), dificultando o acesso desses pacientes aos serviços ginecológicos.