60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

inibição da via do mToR com everolimus pode modular os genes de choque térmico e a expressão do gene ERCC1 e melhora os resultados no câncer de ovário seroso em modelo in vitro HIPEC

OBJETIVO

Em todo o mundo, o câncer epitelial de ovário é responsável por uma porcentagem significativa das neoplasias malignas e é a neoplasia mais letal do sistema ginecológico, principalmente devido à manifestação silenciosa e diagnóstico tardio. Predominantemente, cerca de 70% das mulheres recém-diagnosticadas com câncer de ovário epitelial têm o estágio localmente avançado ou metastático (III/IV). A extensa disseminação peritoneal do câncer epitelial de ovário pode ocorrer no momento do diagnóstico do tumor primário ou relacionada à recidiva da doença após tratamento prévio. Portanto, entender a dinâmica da disseminação peritoneal é de extrema importância, pois a carcinomatose peritoneal está frequentemente associada à morbidade e mortalidade da doença.

MÉTODOS

Neste estudo, cultivamos células de câncer de ovário usando a linhagem celular OV-90 (serosa de alto grau) e avaliamos a toxicidade usando o ensaio de toxicidade celular. Inicialmente, as células de câncer de ovário foram tratadas com everolimus 18 nM (37°C) por 24 horas para os grupos experimental e controle. Posteriormente, dois grupos experimentais foram tratados com cisplatina em normotermia (G1) e hipertermia (G2) (37°C e 41°C, respectivamente), enquanto o grupo controle foi tratado com solução salina tamponada com fosfato 1X a 37°C (G3) e 41˙C (G4) por 24 horas. Após o primeiro tratamento, ressuplementamos cada grupo nas mesmas condições mencionadas anteriormente e incubamos por mais três horas. Além disso, os extratos de RNA de cada conjunto de amostras foram submetidos a RT-PCR para obtenção do material qRT-PCR. Por fim, comparamos a expressão do gene ERCC1 e os genes de choque térmico entre os diferentes grupos de intervenção.

RESULTADOS

Encontramos diferença significativa na citotoxicidade celular entre os grupos tratados com cisplatina nas condições testadas (G1 e G2) em relação aos grupos placebo (G3 e G4). Além disso, observamos que os genes ERCC1 e TRAP 1 foram regulados negativamente em linhagens celulares OV-90 sob condições aquecidas em comparação com o grupo normotermia.

CONCLUSÕES

O uso in vitro de everolimus em condições hipertérmicas aumenta a resposta citotóxica e sugere que a inibição da via mTOR modula a expressão dos genes de choque térmico e ERCC1. Apesar disso, ainda há necessidade de estudos avaliando a eficácia e segurança do everolimo em ensaios pré-clínicos em condições hipertérmicas.

Área

GINECOLOGIA - Oncologia Ginecológica

Autores

Warne Pedro Andrade, Bryan Ôrtero Perez Gonçalves, Luciana Maria Silva, Iago Oliveira Peixoto, Agnaldo lopes Silva Filho