60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

Índice de pulsatilidade e resistência das artérias uterinas em gestantes trombofílicas em uso de heparina e AAS (HAS): Uma comparação com aquelas em uso de Heparina+ AAS + ômega 3 (HASO)

OBJETIVO

Avaliar o IRAUt e IPAUt em gestantes trombofílicas usuárias da associação heparina + AAS (HAS) ou heparina + AAS + ômega 3 (HASO).

MÉTODOS

Tratou-se de um ensaio clínico randomizado de 4 braços, não cego, com gestantes trombofílicas usuárias de heparina + AAS (HAS) e aquelas usuárias de heparina + AAS + ômega (HASO), com um total de 66 gestantes.

Após anamnese, exame clínico e obstétrico, realizou-se ultrassonografia com doppler da artéria uterina com 12 semanas. Com 22 semanas, as pacientes foram submetidas a nova avaliação ultrassonográfica com doppler da artéria uterina, sendo estes os valores utilizados nos resultados.

A heparina utilizada foi a enoxaparina na dosagem de 40 mg/dia, o ômega 3 foi utilizado na dosagem de 500 mg/dia e o AAS na dosagem de 100 mg/dia, em esquema bed time. A medicação foi fornecida para a paciente.

A análise dos dados foi realizada em computador, tipo PC com recursos de processamento estatístico do software Jamovi for MAC, após transcrição das informações para meio magnético por digitalização foram construídas as distribuições de frequências e calculadas as médias, desvios-padrões e percentuais indicados para cada variável. A aferição do grau de significância estatística das diferenças observadas com os dados destas tabelas foi efetuada pelo teste T. O grau de significância estatística adotado na análise foi de 5%.

O trabalho foi aprovado pela Comissão de Ética da Faculdade de Medicina de Barbacena sob parecer número 83269318.4.1001.5119 e foi registrado no REBEC (Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos).

RESULTADOS

A média de idade das gestantes foi de 32,2 + 5,0 anos.

Não houve mudança nos índices de pulsatilidade e resistência quando o ômega foi associado ao tratamento (p>0,05), de forma que a média dos IRAUt foi de 0,56 + 0,07 e a média dos IPAUt foi de 1,14 + 0,29 no grupo HAS.

Para o grupo HASO, o IRAUt foi de 0,55+0,11 e o IPAUt foi de 1,07 +0,36, o que conferiu p= 0,69 e p=0,49, respectivamente.

CONCLUSÕES

Nossos resultados mostram que até o momento, o ômega 3 não foi capaz de reduzir o IR e IP das uterinas em gestantes trombofílicas quando associado à heparina + AAS, com 22 semanas de gestação.

Área

OBSTETRÍCIA - Gestação de alto risco

Autores

Juliana Barroso Zimmermmann, Gabriel Duque Pannain, Caroline Souza Silva, Sofia Machado Talma, Marcus Gomes Bastos