60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

Análise do comportamento sexual de risco com o uso de métodos contraceptivos entre os estudantes de medicina

OBJETIVO

O estudo buscou correlacionar os aspectos que estão relacionados com comportamentos sexuais considerados de risco, identificar os fatores de risco para exposição sexual arriscada, analisar a utilização de preservativos entre os participantes que afirmam realizar atividades sexuais, investigar o uso de métodos contraceptivos que não os preservativos entre os participantes que afirmaram realizar atividades sexuais e relacionar o risco pela exposição somente com o uso de métodos contraceptivos.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo observacional, transversal, realizado com 137 estudantes de medicina de instituições privadas, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o número CAAE: 31157019.6.0000.5013. Foram aplicados questionários de classificação econômica e formulário construído pelo grupo de pesquisa para avaliar o comportamento sexual e a presença de disfunções sexuais. Os dados foram colhidos através de formulário eletrônico Google, tabulados no Microsoft Excel e analisados utilizando o software PSPP.

RESULTADOS

Observou-se tratar de público jovem, 90% dos participantes na faixa entre 18 e 29 anos, com renda familiar elevada, com maior participação feminina entre os participantes, como proporção aproximada em 2:1. Verificou-se que quase 90% dos participantes tem vida sexual ativa e que mais da metade afirmou estar solteira, 54%. Observou-se ainda que 43% afirmam não utilizar preservativos em relações sexuais ocasionais e que 15% destes não utilizavam qualquer método contraceptivo. Além da elevada exposição a situações de risco, como consumo de álcool e outras drogas, cerca de 80%, e experiência com profissionais do sexo, 41% dos homens. Para classificar o Índice de Exposição Sexual utilizadas as variáveis idade atual, idade da primeira relação sexual, número de parceiros sexuais, número de relações sexuais semanais, o uso de álcool e drogas ilícitas e os tipos de relações sexuais e 19% dos entrevistados foram classificados como tendo alta exposição sexual.

CONCLUSÕES

Cerca de metade dos participantes não faz uso de preservativos nas relações ocasionais, evidenciando os riscos aos quais estão expostos. Além disso, muitos apontaram melhora da vida sexual após a entrada na faculdade, fato que reforça a necessidade de discutir o tema visando educar melhor a parcela da população que será responsável por aconselhar e sensibilizar a população sobre a saúde sexual e os riscos de infecções sexualmente transmissíveis.

Área

GINECOLOGIA - Sexualidade

Autores

Raphael da Rocha Carvalho, Marina Presmich Pontual, Bianka Faria Lima, Lívia Teodosio Costa, José Humberto Belmino Chaves