60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

Pessários vaginais em uroginecologia: revisão histórico-social ao manejo atual.

OBJETIVO

O aumento da prevalência de Prolapso de Órgãos Pélvicos (POP) é paralelo ao aumento da expectativa de vida feminina. O tratamento do POP pode ser cirúrgico ou conservador por meio de pessários vaginais. Oferecer a opção de tratamento conservador para a paciente, respeita o critério de autonomia e individualização do tratamento. O presente trabalho objetiva avaliar do contexto histórico e social ao manejo atual, a evolução dos pessários vaginais, como opção de tratamento conservador para POP.

FONTE DE DADOS

Os autores realizaram uma busca ativa, de natureza qualitativa, de caráter descritivo e exploratório, por meio de um compilado de dados fornecidos pelos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS/MeSH): “VAGINAL PESSARY”, “HISTORY” e “PELVIC ORGAN PROLAPSE” de janeiro de 2002 a janeiro de 2022, nas seguintes bases científicas: PUBMED, Medline, EMBASE e The Cochrane Library, selecionando os artigos escritos na língua inglesa com as melhores evidências científicas.

SELEÇÃO DE ESTUDOS

Os critérios de inclusão foram ensaios clínicos randomizados, protocolos de sociedades especializadas e artigos antes desse período, de acordo com a relevância histórica e social, sobre a utilização de pessários vaginais como metodologia de tratamento de POP, em língua inglesa. Os autores incluíram dados científicos da bula do produto e o livro “Tratado de Uroginecologia e disfunções do assoalho pélvico” (Girão et al, 2015) devido à relevância na área. Foram excluídos trabalhos que não contemplaram os critérios de inclusão.

COLETA DE DADOS

Dos 69 estudos analisados de acordo com a metodologia descrita e análise de relevância, os autores selecionaram 20 referências.

SÍNTESE DE DADOS

De acordo com as referências analisadas, desde os tempos antigos, dispositivos mecânicos têm sido usados para reposicionar órgãos prolapsados. Atualmente os modelos são padronizados, registrados em órgãos reguladores de saúde com perspectiva de desenvolvimento de pessários personalizados por meio de impressora tridimensional (3D), suscitando uma esperança por prognósticos mais positivos. Não houve consenso sobre o regime de acompanhamento, que variou de 1 a 6 meses (visitas ao ginecologista) dependendo da integridade do epitélio vaginal e complicações, e de 15 dias a 1 mês o manejo de auto-higienização.

CONCLUSÕES

De acordo com as evidências analisadas, o tratamento com pessário vaginal é uma opção viável e pode ser oferecida a curto prazo para mulheres com POP, com ressignificado de sua autonomia no âmbito do cuidado. Há a necessidade de estudos a eficácia a longo prazo.

Área

GINECOLOGIA - Uroginecologia

Autores

ELIS MACHADO CARBONELL DOMINGUEZ, GIOVANI MENDOLA PEROBELLI, LAURA CAROLINE FERREIRA BORBA, PAULO VITOR CASTRO VIEIRA, GISELE VISSOCI MARQUINI, MARAIR GRACIO FERREIRA SARTORI