60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

INIQUIDADE DA MORTALIDADE MATERNA POR HIPERTENSÃO ARTERIAL NO BRASIL

OBJETIVO

Analisar a morte por hipertensão arterial na gestação no ano de 2019, pré-pandemia, nas 5 macrorregiões do Brasil. Já que a mortalidade materna por distúrbios hipertensivos apresenta grandes discrepâncias entre os países desenvolvidos ( 9/100.000 nos EUA) e não desenvolvidos (162/100.000 nascidos vivos no norte da África).

MÉTODOS

Nós verificamos a morte materna por hipertensão arterial na gestação no banco de dados oficial do Ministério da Saúde do Brasil, DATA-SUS, no ano de 2019, nas 5 macrorregiões oficiais do Brasil: norte, nordeste, centro-oeste, sudeste e sul. Foi calculada a razão de probabilidade de morte por hipertensão arterial na gestação nas regiões comparadas à região com menor mortalidade. O nível de significância foi estabelecido em 0,05.Por tratar-se de estudo de análise de dados, há dispensa de aprovação em comitê de ética em pesquisa.

RESULTADOS

Ocorreu mortalidade materna por hipertensão arterial de 19.44; 16.14; 11.2; 9.25 e 5.96/100.000 nascidos vivos nas regiões norte, nordeste, centro-oeste, sudeste e sul, respectivamente. A razão de probabilidade de morte por hipertensão arterial no Brasil na região norte foi de 3,26 [2,02-5,27] (p<0,001); na região nordeste, 2,71 [1,73-4,22] (p<0,001); na região centro-oeste, 1,88 [1,07-3,27] (p=0,02) e na região sudeste, 1,55 [0,98-2,44] (p=0,054), quando comparada à mortalidade na região sul.

CONCLUSÕES

Existe disparidade significativa na mortalidade entre as regiões com menor desenvolvimento socioeconômico no Brasil, especialmente nas regiões norte e nordeste. Esses dados contribuem para nortear uma política de saúde brasileira efetiva para diminuição de desigualdade inter regional do cuidado materno-infantil .

Área

OBSTETRÍCIA - Epidemiologia das doenças gestacionais

Autores

Jose Geraldo Lopes Ramos, Lina Rigodanzo Marins, Segio Hofmeister de Martins Costa