60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

Resposta de Micro e Macroadenomas ao tratamento com agonista dopaminérgico: análise comparativa

OBJETIVO

Comparar o comportamento de micro e macroadenomas hipofisários produtores de prolactina quanto a melhora dos sintomas, tamanho do tumor e tempo de tratamento para normalização dos sintomas.

MÉTODOS

Estudo de coorte retrospectivo. Incluídas mulheres com hiperprolactinemia decorrente de adenoma
hipofisário, atendidas no ambulatório de ginecologia endócrina do Departamento de
Tocoginecologia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e tratadas com
agonista dopaminérgico. As variáveis avaliadas no momento do diagnóstico, durante
o tratamento que deveria ser de ao menos 2 anos e com ao menos um ano de
normalização dos níveis de prolactina(PRL), foram: sintomas (alteração do ciclo
menstrual e galactorreia), nível sérico de PRL e tamanho do tumor, considerando o
maior diâmetro obtido ao exame de imagem da sela túrcica. Para comparação entre as
variáveis utilizou-se o teste de Mann-Whitney e Kruskal Wallis. Realizou-se ainda
Correlação de Spearman. Os dados foram descritos com valores de frequência
absoluta e percentual e, para variáveis numéricas, com média, desvio padrão.
Trabalho aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, CAAE: 51410221.1.0000.5404.

RESULTADOS

Foram avaliadas 82 mulheres com prolactinoma, sendo 63 com
microprolactinomas e 19 com macroprolactinomas, com maior diâmetro de
5,3±1,8mm, e 12,7±2,7mm nos micro e macroadenomas. O tempo desde início dos
sintomas até iniciar tratamento foi respectivamente de 3,1±3,0 e 3,1±3,7anos (p=0.57).
O tempo médio para normalizar os sintomas de galactorreia e alteração no ciclo
menstrual foi nos micro e macroadenomas, respectivamente de 6,8±7,31 meses e
9,8±13,2 meses, sem diferença entre eles (p=0,93). A normalização dos níveis séricos
de PRL ocorreu aos 8,2±6,5 e 7,8±8,2meses para micro e macroprolactinomas
(p=0,59). Verificou-se correlação positiva entre o maior diâmetro do tumor e níveis de
prolactina no momento inicial (r=0,26, p=0,01), mas não com idade no início dos
sintomas, tempo para normalização de prolactina ou tempo para normalização dos
sintomas.

CONCLUSÕES

Apesar de micro e macroadenomas hipofisários mostrarem
correlação entre tamanho e níveis séricos de prolactina, portanto com níveis mais altos
nos macroadenomas, respondem de forma semelhante ao tratamento com agonista
dopaminérgico quanto ao tempo para normalizar os sintomas e o nível sérico de
prolactina.

Área

GINECOLOGIA - Endocrinologia Ginecológica

Autores

Marcela Souza Carneiro, Daniela Angerame Yela, Cristina Laguna Benetti-Pinto