Dados do Trabalho
TÍTULO
ANÁLISE DA INCIDÊNCIA DE GESTANTES HIV+ NA REGIÃO DO VALE DO RIO ITAJAÍ-SC, NOS ANOS DE 2010 A 2020
OBJETIVO
Verificar a incidência e avaliar o perfil epidemiológico de gestantes HIV +, nos anos de 2010 a 2020, na região do Vale do Itajaí-SC.
MÉTODOS
Estudo de coorte transversal, retrospectivo, descritivo, quantitativo. O levantamento das informações foi realizado através do registro de casos de HIV+ em gestantes, identificados através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), por meio da Secretaria Regional de Saúde. Nessa ocasião, os dados apresentados foram relativos a gestantes com diagnóstico de HIV no período de 2010 a 2020, em Itajaí-SC. Aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa com número CAAE 53181321.9.0000.0120.
RESULTADOS
De 2019 a 2020 houve aumento de 65,7% no número de gestantes HIV+ notificadas no município de Itajaí- SC. De 2010 a 2020 a faixa etária predominante foi de 20 a 29 anos e 78% eram de etnia branca. Quanto ao diagnóstico, 70% foram feitos antes, 28% durante e 2% após a gestação. Entre os diagnósticos durante a gestação, 62%, 27% e 11% foram diagnosticados no 1º, 2º e 3º trimestre, respectivamente. O pré-natal foi realizado em 98% das gestantes entre 2010 a 2020, sendo realizado em 100% a partir do ano de 2018. O mesmo cenário apresenta-se referente ao uso de antirretrovirais durante a gestação, atingindo 100% de adesão desde 2018. Entre 2019 a 2020, 50% das gestantes não utilizaram profilaxia pré parto. O parto cesárea ocorreu em 53% contra 47% de partos normais.
CONCLUSÕES
Observa-se aumento expressivo no número de notificações de gestantes HIV+ no município de Itajaí –SC no período de 10 anos analisado. Alta taxa de detecção pré gestacional foi encontrada, isso pode refletir melhor rastreio da doença. Entre os diagnósticos durante o pré natal a maioria ocorreu no 1º trimestre. A profilaxia pré parto vem diminuindo desde 2016, possivelmente devido a cargas virais indetectáveis e eficácia do tratamento, a taxa de acompanhamento de pré natal alta certamente contribuiu para isto. O parto cesárea ainda é muito predominante em relação aos partos normais. O município estudado apresenta-se como referência nacional no tratamento e seguimento de doenças contagiosas e localiza-se na região Sul do Brasil onde a incidência deste agravo também é elevada.
Área
OBSTETRÍCIA - Doenças infecciosas na gestação
Autores
FLÁVIA WERNER DA ROCHA JESUINO, SABRINA SGARBI TIBOLLA, GABRIELA NICOLAU