60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

Perfil de doenças crônicas e infecciosas de gestantes de uma UBS do interior de São Paulo.

OBJETIVO

Analisar o perfil epidemiológico e a prevalência de doenças crônicas e infecciosas das gestantes atendidas em uma Unidade Básica de Saúde do interior de São Paulo.

MÉTODOS

Estudo de corte transversal em que foram avaliados os dados dos prontuários das gestantes acompanhadas entre janeiro de 2020 a Julho de 2021. Foram avaliados dados sociodemográficos, as doenças crônicas e infecciosas apresentadas e resultados obstétricos, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE: 53872021.5.0000.5374).

RESULTADOS

Foram avaliados 67 prontuários: a maioria das gestantes com idade entre 20-29 anos (52,2%), estado civil mais prevalente foi união estável com parceiro fixo (59,7%), 44,8% com ensino médio completo, 34,4% eram primigestas e 61,2% realizaram ao menos 6 consultas de pré natal. A via de parto prevalente foi parto cesárea (34,3%), 28,4% tiveram parto normal e 37,3% não possuíam o registro no prontuário. Foram 24 (35,8%) casos infeciosos durante a gestação: 13 casos de infecção do trato urinário (ITU), 7 de covid-19, 1 de sífilis, 1 de otite, 1 de gonorreia e 1 de dermatite infecciosa. O estudo evidenciou a magnitude das doenças infecciosas, como a ITU em 19,4% dos casos, sendo necessário o planejamento de ações de prevenção. Em relação às doenças crônicas, 10 (14,9%) mulheres apresentaram patologias clínicas, sendo 8 com Diabetes mellitus Gestacional (DMG), 1 caso de Hipertensão Arterial Gestacional (HAG) e 1 caso de DMG e HAG. O desenvolvimento de DMG em 13,4% das gestantes evidencia a importância da conscientização sobre fatores de risco às doenças crônicas e cuidados com alimentação e atividade física inclusive durante o pré natal. Apenas 8 mulheres (11,9%) realizaram revisão pós parto, 36 (53,7%) não realizaram a consulta e em 23 (34,4%) casos não havia o registro. Esta baixa adesão é fator limitante para ações de promoção, prevenção e identificação precoce de problemas durante o período puerperal. A orientação da importância da revisão pós parto ainda durante o pré natal e busca ativa das pacientes faltosas são ações que podem melhorar este índice.

CONCLUSÕES

Apesar da casuística pequena, os dados são importantes para melhor conhecimento da população atendida e planejamento de ações voltadas a este grupo. Além disso, nota-se a relevância da sensibilização dos profissionais de saúde em relação aos registros adequados em prontuário.

Área

GINECOLOGIA - Epidemiologia

Autores

Vitoria Camargo Pugliesi Castro, Rafaela Franco, Katia Piton Serra, Fernanda Almeida Silveira, Fernanda Bertozzi, Ana Paula Ramires Chiminazzo