60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

PREVALÊNCIA PARA CHLAMYDIA TRACHOMATIS E NEISSERIA GONORRHOEAE NAS GESTANTES DE UM HOSPITAL PÚBLICO

OBJETIVO

Determinar o perfil epidemiológico e avaliar a prevalência de Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae em amostras de urina coletadas de gestantes que procuraram o pronto atendimento de um hospital público de Curitiba-PR.

MÉTODOS

Estudo de corte transversal. Critérios de inclusão: grávidas com até 30 anos completos, com idade gestacional até 40 semanas. Critérios de exclusão: grávidas com mais de 30 anos, idade gestacional superior a 40 semanas. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevista presencial e coleta de amostra de urina analisadas por biologia molecular. A entrevista foi conduzida por questionário padronizado com dados sociodemográficos, epidemiológicos e clínicos. As coletas foram realizadas após consentimento por meio de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram analisados através do software Statistical Package for Social Sciences versão 22.0. Efetuada análise descritiva, com significância de 0,05. A pesquisa foi aprovada no Comitê de Ética e Pesquisa sob o parecer nº 59047822.3.0000.5225

RESULTADOS

Entrevistou-se e coletou-se amostras de 55 gestantes. Destas, 94,5% residem em Curitiba com pelo menos 1 pessoa; a média de idade foi de 24,3 anos. A idade gestacional variou entre 8 a 40 semanas. Perfil prevalente das gestantes: ‘ensino médio completo’ (43,6%), com parceiro fixo (90,7%) e renda familiar de 1 a 2 salários mínimos (59,3%). Eram primíparas 41,8% e 36,4% das gestações foram planejadas. Das multíparas (58,2%), 20,4% tiveram pelo menos uma cesárea e 14,5% tiveram pelo menos um abortamento. 12,7% eram tabagistas e uma paciente utilizava droga ilícita. 59,3% queixava-se de corrimento vaginal e 17% apresentavam infecção do trato urinário. 27,3% possuía comorbidade: Diabetes Mellitus Gestacional (7,3%), hipotireoidismo (5,5%), e hipertensão gestacional e asma/bronquite (3,6%). Da amostra, 9% foram positivas apenas para Chlamydia trachomatis.

CONCLUSÕES

A maioria das pacientes são residentes de Curitiba, maiores de 18 anos, com parceiros fixos. Há prevalência do tabagismo ativo e de comorbidades concomitantes. O resultado mostra ausência de infecção pela Neisseria gonorrohoeae na população e as taxas de infecção por Chlamydia trachomatis mantiveram resultados próximos aos descritos na literatura. Para determinar com mais segurança esse cenário é preciso um grupo maior de participantes da população estudada.

Área

OBSTETRÍCIA - Doenças infecciosas na gestação

Autores

MARCELO GUIMARÃES RODRIGUES, MAYARA DE ALMEIDA PEREIRA, SOMAIA REDA, BARBARA MARIN DE OLIVEIRA, FERNANDA ESTEVAM DE AVILA, BEATRIZ BERTOLETTI MOTA, YOHANNA VITORIA GRECA