60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

AVALIAÇÃO DO ENSINO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA NA PANDEMIA COVID-19: ESTUDO OBSERVACIONAL DA CONCEPÇÃO DO ESTUDANTE DE MEDICINA

OBJETIVO

Avaliar a concepção do estudante de medicina em relação às mudanças do ensino para o online na disciplina de ginecologia e obstetrícia durante a pandemia Covid-19.

MÉTODOS

Foi realizado um estudo observacional transversal quantitativo com aplicação de questionário online a alunos do 2° ano ao 6° ano completo, incluindo as turmas 5 a 13, de medicina da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), para avaliar a satisfação com relação às estratégias tecnológicas e pedagógicas utilizadas durante a pandemia Covid-19. O questionário foi composto por 10 questões de múltipla escolha, cada uma com 4 alternativas abordando o grau de satisfação sobre as diferentes estratégias, autoavaliação sobre o preparo para o mercado de trabalho, principais prejuízos observados e possíveis falhas pedagógicas. A análise estatística de todas as informações coletadas foi inicialmente feita de forma descritiva. Para as variáveis de natureza quantitativa foram calculadas algumas medidas-resumo e confeccionados gráficos do tipo pizza e coluna agrupada. As variáveis de natureza qualitativa foram analisadas através do cálculo de frequência absoluta e relativa. Os dados foram digitados em planilhas do Excel para Windows, transformados em gráficos e analisados posteriormente comparando os grupos selecionados. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da USCS através da Plataforma Brasil, Parecer Número: 4.812.873 e CAAE: 47870421.9.0000.5510.

RESULTADOS

Total de 89 participantes, sendo 18,8% que cursaram somente o internato durante a pandemia, 23,3% que cursaram o 6° semestre e parte do internato, 30% que cursaram o 4° e o 6° semestres e 27,8% que cursaram somente o 4° semestre. Quanto às respostas obtidas, 50% relataram que não ter tido contato com o paciente os deixou inseguros e 38,37% relatou que não ter contato com os simuladores ou pacientes foi a maior dificuldade. Entretanto, 39,09% respondeu que foi uma vantagem ter mais tempo para estudar nesse período. Já 47,11% dos participantes relataram que houve uma boa qualidade de ensino durante a pandemia, mas 62,49% referiram que gostariam que houvesse a disponibilidade das aulas gravadas em streaming.

CONCLUSÕES

Na concepção de alunos de medicina, as aulas online parecem ter sido uma boa forma de aprendizado durante a pandemia, mas não substituíram o contato com o paciente, nem a vivência nos hospitais e ambulatórios de ginecologia e obstetrícia. Mais estudos são necessários para melhor avaliação do ensino médico durante a pandemia Covid-19.

Área

GINECOLOGIA - Multidisciplinar

Autores

Gabriela Estancioni Jalles, Sállua Ali Mustafa, Lorena Lopes Silva, Thaís Alquezar Facca, Victória dos Anjos Riciopo, Eduardo Augusto Brosco Famá