60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

INSERÇÃO DE DIU NO PÓS-PARTO IMEDIATO: EXPERIÊNCIA EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA UNIVERSITÁRIA NO RIO DE JANEIRO

OBJETIVO

Este trabalho teve por objetivos avaliar a taxa de expulsão do DIU inserido no período pós-placentário em uma maternidade pública universitária no Rio de Janeiro, avaliar a satisfação da paciente com o método utilizado e a posição do fio do DIU, e associar a expulsão do DIU com a via de parto.

MÉTODOS

Trata-se de estudo observacional, ambispectivo. A amostra foi composta por todas as pacientes com mais de 18 anos que inseriram o DIU entre setembro de 2020 e março de 2021, em uma maternidade pública universitária. Informações quanto a história obstétrica e a realização de ultrassonografia pós-inserção na unidade foram acessadas através dos prontuários das pacientes. As pacientes foram contactadas e questionadas quanto à realização de ultrassonografia com 06 semanas e 06 meses pós-parto, satisfação em relação a escolha do método e se sentiam ou não o fio do DIU no fundo da vagina. Em casos específicos, algumas pacientes foram solicitadas a comparecer à unidade. Para associar a expulsão com a via de parto foi realizado teste Qui-quadrado e considerado significativo se p<0,05. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição, CAAE 41985221.4.0000.5275, sob o parecer de número 4.511.671.

RESULTADOS

A análise final foi realizada em 71 pacientes com as quais foi conseguido contato. Dessas, 28% tiveram o DIU expulso com 6 semanas de pós-parto e ao final de 06 meses, 35% tiveram a expulsão do DIU. O nível de satisfação foi alto entre as pacientes e 57% delas não sentiam o fio do DIU no fundo da vagina. Dentre as pacientes que tiveram o DIU expulso com 06 semanas de pós-parto, 85% tiveram parto pela via vaginal (p<0,01), e com 06 meses, 72% foram pós-parto vaginal (p<0,01).

CONCLUSÕES

As taxas de expulsão do DIU encontradas neste levantamento foram acima do que é descrito na literatura, principalmente devido àqueles inseridos após o parto vaginal. Esse trabalho é uma primeira análise da inserção do DIU no período pós-parto, que vem sendo ofertado em nossa instituição desde 2019. Devido ao pequeno número de pacientes incluídas na amostra, consideramos fundamental dar sequência a esta análise, simultaneamente à reavaliação da rotina e técnica de realização deste procedimento, em especial após o parto vaginal.

Área

OBSTETRÍCIA - Atenção Primária

Autores

Isabela do Lago Dorigo, Fernanda Freitas Oliveira Cardoso, Penélope Saldanha Marinho, Karina Bilda de Castro Rezende, Livia Paes Leme Rosa, Camila Estefany Martins Pereira, Amanda Salgueiro Mello