60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

EPIDEMIOLOGIA DAS INTERNAÇÕES POR CÂNCER DE MAMA NO BRASIL, NO PERÍODO DE 2015 A 2021

OBJETIVO

Analisar o perfil epidemiológico das internações por neoplasia maligna de mama no Brasil

MÉTODOS

Estudo descritivo, quantitativo, tendo como base os dados disponibilizados pelo Departamento de Informação e Informática do SUS (DATASUS) sobre internações e mortalidade de pacientes com câncer de mama (CM) no período de 2015 a 2021. Os dados pesquisados (número de internações) foram analisados de acordo com as variáveis: sexo, faixa etária, cor/raça, óbitos e custo total das internações. Após coleta, essas informações foram tabuladas e analisadas utilizando o programa Excel 2016

RESULTADOS

Foram notificadas 462.656 internações de pacientes com CM no Brasil entre 2015 e 2021, sendo 98,9% mulheres e 27,8% dos indivíduos apresentava entre 50 e 59 anos, seguido por aqueles com idade entre 40 a 49 anos 23% e 60 e 69 anos (22%). O grupo etário abaixo de 29 anos apresentou os menores números (2,2%). Em relação à variável cor/raça, observou-se predomínio em indivíduos autodeclarados brancos (44%), seguido de pardos (37%), pretos (6,1%), amarelos (1,1%) e indígenas (0,01%) – com ausência informação em 11% das internações. Do total de internações analisadas, 8,3% evoluiu com óbito. O custo total das internações foi de R$ 1.009.020.566,51 sendo o ano com maior registro de casos 2019 com 15% das internações.

CONCLUSÕES

Diante do estudo, observou-se que o número de internações de pacientes com CM apresenta um alto índice no Brasil, sendo mais prevalente em mulheres brancas com idade entre 50 e 69 anos, gerando além da mortalidade de uma parcela da população acometida, impactos financeiros significativos para o governo e para os familiares. Esta realidade demonstra a necessidade de conhecer o perfil epidemiológico para o desenvolvimento de estratégias com o intuito de promover uma política de rastreamento e tratamento mais efetiva e uma redução da mortalidade. Além da disseminação de hábitos que podem auxiliar no diagnóstico precoce da doença, como autoexame e realização de mamografia a partir dos 40 anos, prevenindo complicações e aumentando as chances de cura

Área

GINECOLOGIA - Epidemiologia

Autores

GABRIELA PEREIRA DA TRINDADE, Michele Pereira da Trindade Vieira, Daniele Socorro de Brito Souza Paiva, Yasmin Melo da Silva Santana