60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

HIPOVITAMINOSE D E ONCOGÊNESE EM MAMAS DE MULHERES MENOPAUSADAS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

OBJETIVO

Revisar produções relativas ao potencial metabólico anticancerígeno da vitamina D, para compreender as implicações da sua hipossuficiência como fator de risco no desenvolvimento do câncer de mama em mulheres menopausadas.

FONTE DE DADOS

Trata-se de uma Revisão Sistemática PRISMA, conduzida a partir do levantamento em bases de dados PubMed e LiLACS, fazendo-se uso dos descritores Breast Neoplasms e Vitamin D com operador AND em Busca Avançada.

SELEÇÃO DE ESTUDOS

A elegibilidade das 16 produções apresentou como fatores de inclusão data de publicação, qualidade e impacto de Estudos Prospectivos, Estudos Coorte e Estudos Observacionais, redigidos em Português e em Inglês entre 2018 e 2022, acerca da limitação oncogênica mediada pela vitamina D. Incluíram-se abordagens que estratificaram a associação genômica e populacional entre os níveis séricos de vitamina D e a incidência de câncer de mama em mulheres na menopausa; enquanto excluíram-se aquelas que não declararam o risco oncogênico da hipovitaminose D durante a menopausa como desfecho primário.

COLETA DE DADOS

Das 30 produções selecionadas, elegeram-se 16 estudos para revisão íntegra, sendo os dados analisados por cinco pesquisadoras independentes.

SÍNTESE DE DADOS

Ao relacionarem a deficiência de vitamina D aos casos de câncer de mama em mulheres menopausadas, os dados analisados mostram que a vitamina D exerce ações em genes envolvidos na regulação do ciclo celular, diferenciação, apoptose e angiogênese, promovendo ou inibindo a proliferação de células normais ou neoplásicas. Ademais, mulheres com hipovitaminose possuem cinco vezes mais chance de desenvolverem câncer de mama e, níveis muito baixos da vitamina D, relacionam-se com a rápida progressão do câncer metastático. Outrossim, evidências apontam a transformação maligna de células mamárias com a diminuição da capacidade celular em metabolizar o Calcitriol, por reduzir a sinalização mediada pelo gene VDR e o aumento da capacidade dessas células tumorais em sintetizar a Calcitriol. Além disso, há relação entre suplementação de vitamina D e regulação negativa da expressão dos receptores de estrogênio e de sua capacidade em atuar na síntese e sinalização estrogênica.

CONCLUSÕES

Evidências robustas mostram a relação do hormônio Calcitriol e a carcinogênese do câncer de mama, porém faz-se necessário mais estudos para afirmar o real impacto da suplementação endócrina como fator protetor ou preditor de melhor prognóstico em mulheres menopausadas.

Área

GINECOLOGIA - Oncologia Ginecológica

Autores

ISABELA MARIA GARCIA, ÉRIKA LAÍS DE OLIVEIRA SILVA, Iris Dutra Barbosa, Júlia Romano Ferreia Santos, Raquel Ferreira Borges