60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

Das consequências de ser o campeão em cesárea: incidência de istmocele, sintomas e fatores de risco associados

OBJETIVO

Avaliação da incidência de istmocele e sintomas associados assim como fatores de risco correlatos já mencionados na literatura vigente.

MÉTODOS

Estudo de corte transversal prospectivo (CAAE 02238118.9.0000.5404) em que foram incluídas 84 mulheres com pelo menos 1 cesárea entre 6 meses a 5 anos da data de admissão no estudo. Foram submetidas à avaliação de métodos de imagem para diagnóstico (ressonancia magnética, ultrassonografia e histeroscopia), indagadas sobre sintomas como sangramento uterino anormal e suas características, dor pélvica crônica, antecedentes obstétricos, e dados demográficos. Tambem foi acessado atravez do instrumento WHOQOL-Bref aspectos da qualidade de vida desses sujeitos.
Perfil da amostra descrito com valores de frequencia absoluta e percentual, e comparação de variáveis categóricas foi usado o teste exato de Fisher e Qui-quadrado. Já variáveis numéricas, o teste de Mann-Whitney devido a ausencia de distribuição normal das variáveis. Para estudar relação entre variáveis foi calculado o coeficiente de correlaçao de Spearman.

RESULTADOS

A população estudada teve média de idade de 35,2 anos (±6,3), branca (72.62%) 3,05 (±1.55) gestações sendo em média 2 cesareas. e 56 mulheres (66.67%) só tiveram parto cesárea. 59,5% tiveram a última cesárea de forma eletiva sendo que 23.8% foi por iteratividade e 13,1% por desejo materno.
A incidência de istmocele na população avaliada variou de acordo com e método diagnóstico realizado sendo de 73,21% para Ressonancia magnética, 10,39% para USTV e 27,63% para histeroscopia.
63.41% das istmoceles foram diagnosticadas em mulheres com 2 ou mais cesareas. 34.15 % foram diagnosticadas em mulheres com parto há mais de 48 meses da inclusão no estudo. 41,4% dos casos apresentam sangramento uterino anormal sem outra causa identificavel aos métodos empregados.

CONCLUSÕES

No presente estudo vimos que a incidencia da istmoecele ira variar na mesma população de acordo com o método empregado para diagnóstico. Em nosso estudo, a RNM teve melhor acurácia para diagnóstico quando comparada com outros exames(USTV e histeroscopia).
Diversos são os sintomas apresentados por mulheres portadoras de istmocele mas é importante ressaltar que a correlação deve ser eita por exclusão de outras patologias.

Área

GINECOLOGIA - Endoscopia Ginecológica

Autores

João PAulo Leonardo-Pinto, Renata Teles Piva Belluomini, Cristina Laguna Benetti-Pinto, Luiz Gustavo Oliveira Brito, Daniela Angerame Yela