60º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2022

Dados do Trabalho


TÍTULO

ANÁLISE DE BIOMARCADORES PARA RASTREIO DE MACROSSOMIA EM DIABETES GESTACIONAL : REVISÃO SISTEMÁTICA

OBJETIVO

Analisar biomarcadores para rastreio de macrossomia em diabetes mellitus gestacional

FONTE DE DADOS

Foram analisados estudos publicados entre 2017 e julho de 2022, tendo como referências as bases de dados MEDLINE e SciELO. A estratégia de busca utilizou as combinações de palavras-chave: (macrosomia) AND (gestational diabetes) e (biological markers) AND (gestational diabetes).

SELEÇÃO DE ESTUDOS

Foram selecionados 99 ensaios clínicos e ensaios clínicos controlados e randomizados, destes foram incluídos os que analisaram biomarcadores na gestante diabética e foram excluídos os que não estabeleciam a relação dos biomarcadores com DMG ou macrossomia fetal.

COLETA DE DADOS

Foi realizada a leitura sistemática de cada artigo selecionado, sendo produzidos resumos com as informações mais relevantes desses a fim de facilitar a escrita da revisão sistemática.

SÍNTESE DE DADOS

A macrossomia é um complicação fetal associada à hiperglicemia materna, comum em casos de diabetes mellitus gestacional, relacionada com obesidade, altas concentrações lipídicas e síndrome metabólica (SM); fatores que podem ser relacionados a DMG por biomarcadores. Em mulheres obesas com DMG, sendo o desfecho gestacional mais relatado o alto peso ao nascer (> 4kg), identificam-se elevação de biomarcadores de inflamação (hsCRP e TNF-ÿ), estresse oxidativo (MDA, GSHR, GPx, SOD e TAC), HbA1c e PCR. Baixas concentrações de adiponectina circulante e níveis elevados de proteína C reativa (hsCRP) no 1° trimestre estão associados a um maior risco de desenvolvimento de DMG. Em relação aos níveis séricos de triglicerídeos, valores elevados no início do 1° trimestre de gestação estão associados ao DMG e consequências no desfecho da gravidez. Em casos de SM em mulheres jovens com DMG, e sua relação com a macrossomia, a fetuína-A é um possível biomarcador, devido sua associação à resistência insulínica. Outrossim, verifica-se o CD59 glicado por plasma (pGCD59) como um biomarcador emergente simples e preciso para detecção de DMG no início da gravidez; esse favorece o possível diagnóstico de macrossomia, considerando seu diagnóstico de DMG nas semanas 24 a 28 da gestação associado com a maior prevalência de bebês macrossômicos.

CONCLUSÕES

Portanto, estudos em humanos ainda são necessários para avaliar biomarcadores no rastreio de macrossomia associada à Diabetes Gestacional.

Área

OBSTETRÍCIA - Medicina fetal

Autores

Frederico César Tahim de Sousa Brasil Háteras, João Felipe Queiroz Viana, Isabela Souto Cruz, Beatriz Vieira Cavalcante, Leonardo de Albuquerque Rocha, Luigi Leda Pessoa de Andrade , Malthus Barbosa Marzola, Elaine Saraiva Feitosa